No Flamengo, Willian Arão celebra crescimento na carreira: 'Aqui, tenho que pensar grande'

(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Volante acertou depois de dizer não ao Botafogo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

por Monique Danello e Thayuan Leiras

Willian Arão trata a chegada no Flamengo como a chance da carreira. Vindo do rival Botafogo, depois de ganhar a primeira temporada de sequência, o atleta celebra e confirma a mudança de patamar ao chegar ao Rubro-Negro e tem planos ambiciosos: títulos importantes e seleção brasileira. Ao Esporte Interativo , o camisa 5 revelou as expectativas para esta e as próximas temporadas com o clube da Gávea.

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“Para um clube brasileiro, o mais longe que pode chegar é no título Mundial. Eu penso grande. Estou aqui, em um dos maiores clubes do mundo, então tenho que pensar grande. Não podia pensar nisso quando estava em outros clubes, mas, aqui sim, eu posso ter esse pensamento. Eu penso em ganhar Mundial, Libertadores, mas pouco a pouco, devagar, a gente sabe que a gente tem que passar por algumas situações antes. Começa de agora então, com o Brasileiro, a Copa do Brasil, para que a gente possa chegar na Libertadores, pensar em Mundial e conquistar esses títulos também”.

“Se o jogador brasileiro não tiver esse sonho de vestir a amarelinha, ele não pode estar jogando. É o máximo para um jogador vestir a camisa da seleção brasileira. Já fico feliz de ser lembrado por você, por alguns outros jornalistas. Estou muito tranquilo, é um sonho, uma vontade, mas isso vai ser reflexo daquilo que eu fizer no dia a dia. Estou procurando trabalhar, em cada jogo dar meu máximo, me destacar, para assim chegar na seleção brasileira”.

O início é promissor, ao menos individualmente. Já se passaram 22 jogos em 2016, com três gols e seis assistências. Por outro lado, duas eliminações: da Primeira Liga e do Campeonato Carioca. A próxima chance começa no sábado (14), contra o Sport, na estreia do Campeonato Brasileiro. Mesmo com a boa fase, o jogador prefere, assim como o técnico Muricy Ramalho, não se garantir no time titular.

“Se o Muricy escondeu a escalação, não sou eu que vou falar (risos). Mas estou ansioso sim. Fizemos muitas coisas boas nesse primeiro trimestre, algumas não tão boas também. Tenho certeza que, nesse tempo que tivemos para treinar, a gente melhorou em alguns aspectos e estou ansioso para que a gente possa, como um time, colocar isso em prática. Precisamos de uma arrancada boa, sabemos que esses pontos no início também são muito importantes. Estou ansioso para que o campeonato comece logo”.

(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Camisa 5 tem três gols e seis assistências na temporada (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Esporte Interativo: Quem é o Willian Arão do Flamengo?

Willian Arão: Pergunta difícil de responder. Acho que é um jogador que está dando a vida para buscar seu espaço no Flamengo, no futebol brasileiro. É um jogador que dá tudo de si, quando veste esse manto. Um jogador que tenta ajudar os companheiros para conquistar cada vitória.

EI: Há quase quatro anos você estreava pelo Corinthians, passou pelo Botafogo. O que mudou em você de lá para cá?

WA: O amadurecimento. Aprendi muitas coisas nesse tempo, muito erros cometidos também. Mas foi bom para que pudesse crescer como pessoa e como profissional. Hoje eu sou um cara muito mais consciente, mais tranquilo em relação à tomada de decisões. Isso favorece para que eu não erre muito.

EI: Como foi a adaptação no Flamengo? Mudou muito do Botafogo para o Rubro-Negro?

WA: É diferente. O Flamengo tem uma das maiores torcidas do mundo, o reconhecimento e a cobrança são maiores. Vim para cá preparado, já tinha amigos aqui dentro que tinham me falado sobre isso. Eu vim preparado para isso, mas, graças a Deus, tenho recebido muito carinho na rua, tem sido muito positivo. Estou muito feliz!

EI: O litígio judicial com o Botafogo que ainda corre na Justiça te preocupa?

WA: De maneira nenhuma. Tenho meus advogados que cuidam disso, estou tranquilo com tudo isso. Esse lado fora do campo, eu deixo para eles que são capazes de resolver. Tenho que pensar em manter meu foco dentro de campo.

EI: Quando você veio para o Flamengo, o Muricy Ramalho disse que o mais importante era que você tinha vontade de jogar pelo Flamengo. Por que você tinha essa vontade?

WA: Porque o Flamengo é gigante, é um dos maiores clubes do mundo. Todo jogador tem vontade de jogar aqui, tem uma das maiores torcidas do mundo. Acho que a primeira coisa que eu pensei foi “ganhar aqui deve ser bom demais”, deve ser gostoso ser campeão vestindo essa camisa, que é tão pesada, que já foi vestida por tantos craques no passado. Foi a minha escolha principal.

EI: Você joga no meio campo com dois ‘gringos’, tem também um ‘gringo’ no ataque. Como é a conversa, vocês falam o mesmo idioma no campo?

WA: Tem que falar, esse idioma campo/bola. Eu também tive a oportunidade de jogar no Espanyol, da Espanha, sai um pouquinho de espanhol de vez em quando. A gente vai misturando o espanhol, eles também um pouquinho do português. O importante é se entender, se comunicar, para avisar, pedir a bola.

EI: Quando você foi contratado, Muricy Ramalho elogiou e disse que você era um volante moderno. Você se considera assim? O que seria um volante moderno?

WA: É difícil falar se sou um volante moderno ou não, me adaptei as características do futebol de hoje. Um volante moderno é um jogador que sabe marcar, atacar, que tem uma transição boa, tanto ofensiva quando defensiva. Um volante que sabe fazer tudo, no caso. A gente está ali no meio, tem que atacar, defender, dar suporte para os laterais, para os zagueiros. Estou me condicionando para isso e me preparando para que eu possa continuar evoluindo.

EI: O Muricy Ramalho vem testando o esquema 4-4-2 e o 4-3-3. Você tem alguma preferência?

WA: Eu pude jogar em todos os esquemas, não tenho um preferido. Quem tem que definir isso é o professor Muricy. Nós temos jogadores de qualidade, uma rotatividade também de quem está jogando. Qualquer esquema que o Muricy escolher a gente tem que se adaptar, jogar e dar nosso melhor.

EI: Vocês não jogaram no Maracanã nesta temporada. Você acha que já deu para conhecer bem a torcida do Flamengo? Como está essa relação?

WA: É uma torcida que tem nos apoiado, onde vamos jogar eles comparecem. Tem nos apoiado mas também cobram quando tem que cobrar, a gente sabe que torcida não está ali só para apoiar. Mas eu acho que é um início bom, torcida tem ido ao estádio e a gente tem que ser cobrado porque nosso objetivo era chegar na final e buscar o título. Tenho certeza que nesse início de Brasileiro eles vão continuar comparecendo nos estádios, nos apoiando, a gente precisa deles. Se Deus quiser, vamos fazer um grande início de campeonato.

Estes e outros assuntos da entrevista exclusiva do Esporte Interativo com o volante do Flamengo você confere nesta sexta-feira (13), às 19h, no Caderno de Esporte 1ª edição.

A cobertura de tudo sobre o futebol brasileiro você confere nesta quinta-feira (12), às 20h30, no Jogando em Casa, e às 0h15, no Caderno de Esportes 2ª edição, no EIMAXX.

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Fonte: Esporte Interativo