Em 2011, Andrés Sanchez tentou levar Neymar, então no Santos , ao Corinthians , conforme o próprio pai do craque confirmou em uma live nesta quarta-feira. O ‘não-negócio’ entrou para a lista de mais um entre os que agitariam o futebol brasileiro.

Com isso, o ESPN.com.br lembrou outros casos de ‘quase transferências’ de grande impacto no país.

Zico no Vasco - Em 2013, Zico contou à TV Globo que ainda no começo de sua trajetória no futebol teve a chance de trocar o Flamengo pelo Vasco. "Eu treinava pela manhã e tinha que estudar no Centro. E depois do treino, eu tinha que ter um almoço. Mas o Flamengo não queria ter essa despesa. Eu estive pra sair do clube por causa de um almoço. O Célio de Souza, que era meu técnico, tinha ido para o Vasco, levou três jogadores e queria me levar também. Meu pai tinha problemas com o Vasco e eu não fui por causa disso", declarou.

Rivellino no São Paulo - Treinando no São Paulo enquanto se recuperava de uma lesão, o Reizinho do Parque ainda tinha ligações com o Al Hilal, da Arábia Saudita, e chegou a defender o time tricolor em um amistoso contra a seleção da Arábia Saudita em setembro daquele ano. Porém, não houve acerto para ele seguir no Morumbi de forma oficial.

“Quando eu encerrei minha carreira, estava fazendo tratamento no São Paulo e queriam me contratar. Fiz um treino. No São Paulo tem aquela mística de jogadores antigos. Mas eu falei: não quero mais jogar. Acabou. Não quero mais bola", contou ao portal UOL em 2017.

James Rodríguez no Palmeiras - Em 2009, James Rodríguez chegou a ser observado pelo então auxiliar técnico do Palmeiras, Jorginho, que descartou a sua contratação devido à forma física. "Foi apenas um jogo do Banfield (então clube de James) e ele foi trocado no intervalo. Permaneceu 45 minutos em campo. Tinha entre 17 e 18 anos e era uma ‘bolinha'", relembrou em entrevista ao ESPN.com.br em 2014 .

"Ele não era barato. Devia valer US$ 5 milhões na época. Ninguém em sã consciência iria recomendar pagar isso por um jogador tão jovem. Ele teria de ser observado em diversas condições durante três meses - atuando de dia, de noite, com o time saindo atrás no placar. Não daria para arriscar com tanto dinheiro. Nessa idade, é fácil demais se equivocar. No Palmeiras, tenho certeza que iam me matar, cara."

Falcao Garcia no Fluminense - No fim de 2007, o Fluminense tentou a contratação do atacante colombiano, que ainda estava no River Plate, conforme o próprio atleta comentou. "O contato realmente existiu. Pessoalmente, a oferta do Fluminense é muito tentadora. Porém, isso precisa ser resolvido pelos dirigentes. Eles que sabem o que é melhor para o clube", tinha dito ao jornal Olé . Falcao seguiu no River até o meio de 2009, quando foi se transferiu ao Porto.

Maradona em algum clube brasileiro - Há 25 anos, Pelé começou a esboçar aquele que seria o plano mais elaborado e mais próximo para trazer Diego Armando Maradona para o futebol brasileiro. A ousada ideia incluía dar a camisa 10 do Santos, a mesma honrada pelo Rei durante décadas, para o craque argentino. Flamengo, Palmeiras e Portuguesa também foram possibilidades de o argentino atuar no Brasil, o que acabou não ocorrendo .

Romário no Palmeiras ou Corinthians - Romário contou em entrevista à emissora Fox Sports em 2017 que "houve a possibilidade" de defender o Palmeiras no Mundial de Clubes de 1999 contra o Manchester United. Porém, o mais perto que esteve de atuar no futebol paulista foi pelo Corinthians, entre 20004 e 2005. “Estava aquele iraniano lá (Kia Joorabichian), o Andrés Sanchez estava começando. Chegou bem próximo”.

Renato Gaúcho no São Paulo - Em 1997, Renato Gaúcho chegou a segurar a camisa do São Paulo. "Era uma proposta válida da Federação Paulista, que queria promover o Paulistão. Foi decisão do Renato não seguir adiante", declarou Fernando Casal de Rey, presidente do clube paulista à época, em entrevista ao Globoesporte em 2018.

A Federação bancaria o salário do atacante durante o Estadual, depois ficaria a cargo do São Paulo. Naquele momento, Renato cobrava uma dívida do Fluminense, seu clube até então. Houve um acordo entre as partes, e o jogador não voltou para o time paulista.

Riquelme no Palmeiras - Entre o fim de 2012 e o começo de 2013, o nome do argentino foi apontado como possível reforço do Palmeiras. Porém, em meio à mudança de presidente de Arnaldo Tirone para Paulo Nobre, o clube alviverde acabou desistindo do meia, que não atuava desde julho de 2012.

"Conversamos eu, Brunoro e Gilson Kleina para avaliar o Riquelme. Ninguém põe em dúvida a qualidade do jogador. Mas o clube vive problemas financeiros. Os profissionais que estamos trazendo e tirando do mercado têm um custo. Não podemos fazer loucuras neste momento. Hoje, o Palmeiras não pode se dar o luxo de trazer o Riquelme pelo preço que ele vale. Além disso, não tínhamos uma avaliação física e nem o contato pessoal com ele para saber sua motivação. Para os que estão chateados: lembrem-se que estamos trabalhando pelo bem da instituição", disse Nobre em janeiro de 2013.

Ronaldo Fenômeno no Flamengo - O Fenômeno treinou por três meses antes de ter sido anunciado como reforço do Corinthians em dezembro de 2008. "Por duas vezes eu conversei com representantes dele. Diziam que não adiantava assinar contrato naquele momento porque o Ronaldo estava em recuperação, ninguém sabia se ele jogaria ou não", disse Márcio Braga, presidente do Flamengo à época, em entrevista ao UOL em 2018.

Anelka no Atlético-MG – Em 2014, Alexandre Kalil, então presidente do Atlético-MG, chegou a anunciar a contratação de Nicolas Anelka, o que acabou não se confirmando. Cinco anos depois, o atacante francês deu sua versão de não ter acertado com o clube alvinegro .

Drogba no Corinthians – O clube paulista tentou a contratação do famoso atacante marfinense em 2017, não obteve sucesso e anunciou a desistência da negociação com um comunicado intitulado ‘Valeu, Drogba’, o que rendeu diversas ironias de torcedores rivais. Posteriormente, o ídolo do Chelsea falou sobre a transferência não concretizada ao Corinthians .

Yaya Touré no Botafogo – O mais recente caso se deu com o interesse do Botafogo neste ano por Yaya Touré. Em março, o vice-presidente comercial e de marketing do clube, Ricardo Rotenberg, confirmou em entrevista à Rádio Brasil que as partes não chegaram a um acordo e as conversas terminaram sem final feliz .