O Flamengo vem colhendo nas duas últimas temporadas os frutos, ou melhor, os títulos, graças ao bom momento financeiro do clube inicado a partir da gestão de Eduardo Bandeira de Mello. As receitas rubronegras devem apontar um crescimento de 277% neste ano.

A previsão orçamentária do clube para a atual temporada é de uma arrecadação de R$ 672 milhões. Ela pode até ser maior se o time faturar títulos como a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes, por exemplo.

Em 2012, último ano antes de Bandeira de Mello virar presidente, a equipe estava mergulhada em uma crise financeira. A dívida era alta, havia dificuldade para pagar salários e contratar grandes jogadores --os que estavam ou vieram engrossaram a fila sem salário.

Naquele ano, o clube faturou R$ 178 milhões.

A recuperação economica deu ao Flamengo um portagonismo inédito no mercado. O time conseguiu se reforçar bem nos últimos anos, especialmente em 2019, quando faturou de uma vez só Estadual, Campeonato Brasileiro e Libertadores.

O curioso neste caso é que o crescimento do valor de mercado do elenco não subiu tanto quanto a receita. Foi um aumento de 119%. O comparativo é pelo site Transfermarkt. Em 2012, valia 68,9 milhões de euros (R$ 379,1 milhões).

O atual elenco tem valor estimado em 151,2 milhões de euros (R$ 832 milhões).

Quem estava no elenco em 2012? O goleiro Felipe, o zagueiro Alex Silva, o lateral Léo Moura, os meio-campistas Maldonado, Willians, Thiago Neves, Renato Abreu e Rômulo e os atacantes Fernandinho, Vagner Love e Liedson, por exemplo.

Mas o grande nome daquele ano era Ronaldinho Gaúcho. Ele chegou a ficar mais de seis meses sem receber e, colecionando polêmicas fora de campo, saiu do Flamengo em maio, cobrando na Justiça uma dívida superior a R$ 40 milhões.

Vale lembrar que 2012 foi bem decepcionante para os rubro-negros, sem título e com vários fracasos em campo.