Na briga pelo título brasileiro, Botafogo e Flamengo devem ficar de olho no Fortaleza

Num campeonato em que três dos principais concorrentes ao título brasileiro são clubes de investimentos milionários, não dá para minimizar a campanha que o Fortaleza de Juan Pablo Vojvoda cumpre. O 1 a 0 sobre o Criciúma levou o time à vice-liderança e a boa campanha não é à toa. Aliás, é histórica já há alguns anos. O clube é o único do Nordeste a terminar uma edição da Série A no G-4 (2021) desde a adoção dos pontos corridos, em 2003. E amadurece ano após ano. Não tarda a brigar pelo título. Olho nele!

Juventude 3 x 2 Botafogo

O jogo das 11h é naturalmente um evento complicado. Não só pela logística, mas pelo lado cognitivo. É preciso ter um conjunto bem ajustado, com estratégia afinada à necessidade do clube. Tudo o que faltou ao Botafogo num confronto importante na disputa do Brasileiro. Artur Jorge fez escolhas perigosas pensando no controle de cargas visando ao duelo com o Palmeiras, pela Libertadores, na quarta. E, muito mexido, o time perdeu o viço.

Flamengo 1 x 1 Palmeiras

Para um clube que investiu R$ 191 milhões este ano reforçando um elenco que já era vitorioso, o ponto que o Flamengo conquistou nos últimos seis disputados com o Palmeiras num espaço de cinco dias deixa no ar a desconfiança sobre a estratégia de Tite para manter o time na disputa dos três títulos que disputa. O empate no Maracanã, em jogo de controle alternado, foi o terceiro seguido sem vitória, dois dos quais contra rivais do G-5 do Brasileiro.

Vasco 2 x 0 Fluminense

Talvez tenha sido a melhor atuação do Vasco no Brasileiro. A intensidade, a conexão entre os setores, e a maior mobilidade dos jogadores foram o ponto-chave para o encaixe das ideias de Rafael Paiva. David, Adson, Paulo Henrique e Victor Luis tiveram postura estratégica eficaz e desta vez o time conseguiu povoar a fase ofensiva e oferecer perigo ao adversário. O Fluminense, com o mental dividido entre objetivos distintos, em função do jogo da Libertadores, amanhã, contra o Grêmio, teve dificuldades para administrar o ritmo. E se abalou com a polêmica do primeiro gol vascaíno — checado e validado pela marcação de campo. Não achei ruim a atuação do time de Mano Menezes. Pelo contrário, apesar da derrota, a melhora é perceptível e sugere crescimento.

Fonte: Extra