Ao desembarcar nos Estados Unidos ontem, o Flamengo se juntou a Botafogo, Fluminense e Palmeiras em solo americano para a disputa da primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Em meio a centros de treinamento modernos e hotéis de luxo, as equipes brasileiras colocam em prática, durante a fase classificatória do torneio, o planejamento logístico e de hospedagem formulado ao longo dos últimos meses. O desafio principal foi minimizar os impactos dos deslocamentos de um torneio disputado em um país de dimensões continentais.
Botafogo - Santa Barbara
Na Califórnia desde a segunda-feira, o Botafogo escolheu como base o luxuoso resort cinco estrelas Ritz-Carlton Bacara, na pacata Santa Bárbara, cidade vizinha a Los Angeles. O objetivo é aproveitar a tranquilidade do local para permitir ao elenco momentos de concentração em meio à rotina de viagens e partidas da fase de grupos.
A distância entre Santa Barbara e Seattle, onde o Botafogo estreará no Mundial, é longa: 1.500 km. No entanto, para as duas partidas seguintes, a delegação viajará menos. Duas horas separam o resort do Rose Bowl, clássico estádio da final da Copa do Mundo de 1994 e palco dos duelos contra o PSG, no dia 19, e o Atlético de Madrid, em 23 de junho.
Já para os treinamentos, a distância, claro, é mais curta. São 30 minutos de estrada do Ritz-Carlton Bacara até o Westmont College, onde o alvinegro tem realizado as atividades sob o comando do técnico Renato Paiva.
Flamengo - Atlantic City
Na Costa Leste, o Flamengo ficará na cidade de Atlantic City, no estado de Nova Jersey. A equipe liderada por Filipe Luís se hospedará no Sheraton Atlantic City Convention e treinará no campus da Universidade de Stockton, a cerca de 20 minutos de distância de carro.
O clube escolheu essa base por conta da proximidade com a Filadélfia (cerca de uma hora), onde fará as duas primeiras partidas na competição, contra o Espérance, da Tunísia, nesta segunda-feira, e o Chelsea, da Inglaterra, no dia 20. Ambas serão no Lincoln Financial Field.
O hotel-base para os jogadores é o Sheraton, que não está entre os mais luxuosos. Tem 3,5 estrelas e diárias na casa dos R$ 560. A proximidade com o centro de treinamento, porém, foi um diferencial. A cidade de pouco mais de 38 mil habitantes é litorânea, sendo mais conhecida pelo calçadão ao lado da praia, que conta com roda gigante e cassinos.
Fluminense - Columbia
Apesar de fazer dois jogos em Nova Jersey (Borussia Dortmund-ALE e Ulsan-COR) e um em Miami (Mamelodi Sundowns-AFS) pelo Grupo F, o Fluminense preferiu ficar no “meio do caminho”, em Columbia, na Carolina do Sul, a cerca de mil quilômetros ao norte de Miami e ao sul de Nova York, o que significa voos com menos de duas horas.
O local de hospedagem é o Hotel Marriot, um dos mais conhecidos e bem avaliados da cidade, com academia, salões de reunião, sauna, piscinas normais e aquecidas. Durante a primeira semana do tricolor no país, as diárias mais acessíveis estavam em torno de R$ 1.425 na cotação atual, enquanto as mais caras podem custar até R$ 2.290 por noite.
A apenas cinco minutos de distância de ônibus está a Universidade da Carolina do Sul, onde o Fluminense vem se preparando com treinos no Eugene E. Stone III Stadium, campo de futebol feminino, com gramado híbrido (natural e sintético), semelhante ao usado na Neo Química Arena, estádio do Corinthians.
Palmeiras - Greensboro
Já o Palmeiras vai ficar hospedado no hotel de luxo Grandover Resort & Spa, em Greensboro, na Carolina do Norte, cujas diárias chegam a R$ 1.400. O clube vai ocupar boa parte dos 244 quartos e suítes (algumas de dois quartos) com a sua delegação, que chegou à cidade na segunda-feira.
Os treinos serão realizados no Centro de Treinamento da Universidade da Carolina do Norte, uma das bases escolhidas pela Fifa, a 15 minutos do resort. De lá, o alviverde fará os deslocamentos em voos fretados, com duração de 1h para as duas partidas em New Jersey, contra Porto e Al-Ahly, no MetLife Stadium, e de 2h para jogar com o Inter Miami, no Hard Rock Stadium, em Miami.