
Na primeira parte do Campeonato Carioca, Willian Arão se destacou como um homem-gol do Flamengo. O elemento surpresa que ajudava os atacantes nesta tarefa. Mas na última partida da equipe, o volante foi responsável por todas as assistências na vitória por 3 a 0 sobre o Confiança
(veja os gols abaixo)
, pela Copa do Brasil. Qual será a faceta do camisa 5 neste domingo, contra o Vasco, pela semifinal do estadual? O jogador garante não ter preferência, mas sabe de sua importância para o time de Muricy Ramalho, seja qual for sua participação.
Willian Arão atuou em 22 das 23 partidas do Flamengo na temporada – incluindo amistosos – e marcou quatro gols. Titular indiscutível do time de Muricy, ele admite sonhar com a seleção brasileira, mas garante não fazer disso uma obsessão e prefere pensar no próximo objetivo: vencer o Vasco, em Manaus, sem pensar num possível tira-teima com o apoiador Andrezinho, com quem travou um interessante duelo de dribles nos dois clássicos anteriores.
GloboEsporte.com - Quais são os motivos que fizeram o Flamengo retomar o nível das atuações depois de uma queda de produção durante a Taça Guanabara? Foi a mudança de esquema tático?
Willian Arão
- Acho que não se deve exatamente à mudança tática da equipe, porque jogamos tanto no 4-4-2 quanto no 4-3-3 e ganhamos. Acredito que o rendimento da equipe voltou a crescer porque tivemos tempo para treinar, e isso refletiu nos resultados e desempenho de todos os jogadores.
Na primeira parte do Carioca você se destacou pelos gols. No último jogo, brilhou nas assistências. Chega a se cobrar para voltar a marcar, ou a satisfação de um passe é igual à de um gol? Acha que, de qualquer maneira, isso mostra que você é um jogador mais completo?
Não me cobro para voltar a marcar gol porque essa não é minha principal função dentro de campo. Mas, obviamente, todo jogador gosta de balançar a rede. Fico feliz tanto em dar assistências quanto fazer gol. Meu foco é continuar trabalhando muito para melhorar e aprimorar cada aspecto do meu futebol.
Com esse nível de atuações, a Seleção já começa a ficar mais perto? Ou acha que o atalho seria retornar à Europa, agora em outro estágio da carreira?
Estou em um dos maiores clubes do mundo, e isso dá uma vitrine muito grande. O meu sonho, como de qualquer jogador, é um dia vestir a camisa da seleção brasileira, mas isso não pode ser uma obsessão minha. Minha cabeça está focada em continuar treinando muito para aprimorar tecnicamente. A Seleção será consequência do meu trabalho no dia a dia.