O Flamengo vem convivendo com muitas lesões em 2020. Ao contrário do ano passado, os problemas médicos não só são mais numerosos, como o tempo de recuperação acima do esperado. Então, nesta sexta-feira, o Dr. Márcio Tannure, médico do Flamengo, concedeu uma coletiva para dar esclarecimentos sobre as lesões.

Tannure rejeitou a afirmação de que o número de lesões é maior, pois em termos relativos, isso não acontece. Para ele, as comparações tem de ser feitas levando-se em conta o número de jogos.

“O ano de 2109, com todas as conquistas. é mais enaltecido, mas esse é um trabalho consistente que vem acontecendo de um tempo. Eu não tenho a menor dúvida de que não só a covid-19, mas como vários outros fatores podem estar interferindo nisso”, afirmou Tannure.

“Primeiro de tudo, eu acho que a gente não pode comparar o Flamengo com outros clubes, porque o Flamengo é sempre o que libera mais jogadores pra seleções, é o time que jogou mais esse ano, no ano passado, com o Mundial. E a gente não teve férias e descanso e depois tudo isso aconteceu. Então acho que a gente tem que avaliar não só o número de lesões, mas o número de leões pelo número de jogos. E o Flamengo não é o time que tem mais lesões por número de jogos”, defendeu.

Para o médico do Flamengo, a covid-19 tem sim influenciado na recuperação dos jogadores. Ele falou sobre as consequências da doença e como pode afetar os atletas.

“Eu não tenho a menor dúvida que a covid-19 interfere. A gente sabe que uma das grandes causas de comorbidade, de problemas relacionados à covid-19 é um processo inflamatório generalizado com lesões vasculares. Isso dificulta não só a oxigenação, como a recuperação, como gera uma inflamação crônica. É algo novo que a gente está aprendendo a lidar”, explicou.

O Flamengo perdeu vários atletas por lesões que aconteceram quando eles estavam a serviço das seleções. Foram os casos de Rodrigo Caio, Arrascaeta e Pedro. Já Gabigol, Pedro Rocha, João Lucas, Diego Ribas, Diego Alves e Thiago Maia, tiveram problemas atuando pelo clube.