Mauro: "Tendência com Domènec é que o Flamengo repita o que vinha fazendo"

O técnico espanhol Domènec Torrent, ex-auxiliar de Pep Guardiola, chegou ao Flamengo para iniciar seu trabalho em substituição a Jorge Jesus, que trocou o time brasileiro pelo Benfica . E as primeiras indicações do treinador foram no sentido de manter a forma de jogar que vinha dando certo no Rubro-negro desde o ano passado sob o comando do português.

No podcast Posse de Bola #44 , Mauro Cezar Pereira afirma que o fato de o novo treinador ser adepto de outra escolha em relação a Jesus não deverá fazer com que ele mude de início o que deu resultado com o antecessor e que as eventuais alterações para a evolução do time serão graduais, citando as próprias mudanças que foram adotadas por Guardiola ao longo da carreira.

"Eu acho que vai ser interessante, muito se falou nos últimos dias porque ele é adepto de uma outra escola, isso, sinceramente, é achar que um técnico de futebol não é capaz de montar uma equipe de diferentes maneiras e o próprio Guardiola, que seria o mestre do Domènec, já mudou N vezes a sua linha de trabalho, digamos assim, a cada país onde ele vai trabalhar, é um novo Guardiola", diz Mauro Cezar.

"O Guardiola foi se adaptando, foi aprendendo também coisas novas, concluindo e descobrindo coisas novas, acho que não vai ter nenhuma dificuldade para ele [Domènec Torrent]. Depois, é claro que ele vai fazer os ajustes mais, digamos, autorais, pessoais dele, da maneira que ele acha que deve ser, mas no primeiro momento não teria o menor cabimento você abortar algo que está funcionando bem para colocar sua assinatura ali", completa.

Apesar de esperar por uma variação que o time já apresentava com Jorge Jesus, Mauro acredita que a forma de jogar com o novo técnico não deve ser muito diferente da que o torcedor se acostumou a ver nos últimos meses.

"Acho que a tendência no início é que o Flamengo repita mais ou menos a mesma forma de jogar que vinha adotando. Aliás, com o Jorge Jesus o Flamengo nunca teve uma forma de jogar, pelo contrário, o time mudava muito, em esquema tático, o comportamento da equipe se modificava, até nas finais do Carioca, quando o Flamengo não jogou bem, teve formas diferentes de jogar, inclusive, nos jogos contra o Fluminense. Então achar que o Flamengo tem um cardápio único também eu acho que é um equívoco", conclui.

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Fonte: Uol