Mauro: Palmeiras foi melhor que nos jogos recentes, esse é o tal repertório

O Palmeiras comandado pelo técnico Abel Ferreira perdeu nos pênaltis a disputa com o Flamengo pelo título da Supercopa do Brasil , mas teve a postura em campo elogiada ao encarar o time rubro-negro, criar oportunidades e jogar um futebol diferente do que havia demonstrado na semana anterior diante do Defensa y Justicia, pela Recopa Sul-Americana .

No podcast Posse de Bola #116 , Mauro Cezar Pereira afirma que foi a melhor atuação palmeirense em muito tempo e uma mostra de que o técnico português pode fazer com que seu time se apresente de formas diferentes, apresentando um repertório maior do que o estilo reativo que prevaleceu em diversas oportunidades na temporada passada, quando conquistou a Libertadores e a Copa do Brasil.

"O que me me chamou atenção no Palmeiras foi a mudança de comportamento, o Palmeiras jogou, na minha opinião, melhor do que todos os jogos recentes que disputou, inclusive as finais. Tão bom ou melhor do que esse jogo só os 3 a 0 no River Plate, que aí sim foi o Palmeiras do Abel Ferreira na essência e ali foi 3 a 0 na Argentina. Ontem, no segundo tempo o Palmeiras mudou o comportamento e aí é uma coisa que eu venho falando há muito tempo, esse é o repertório", diz Mauro Cezar.

"Para quem ainda não entendeu, o que é o repertório? No primeiro tempo o Palmeiras mais recuado, saindo em velocidade, mas toda hora espetando o Flamengo. Legal, é uma forma de jogar que eu acho compatível com um grande clube, você pode jogar assim, problema nenhum, o Diego tirou uma bola que ia entrando, o Palmeiras criou situações", completa.

O jornalista afirma que no jogo diante do Defensa y Justicia, pela Recopa, o Palmeiras abdicou de atacar durante um período, bem diferente do embate com o Flamengo, quando o time de Abel Ferreira conseguia levar perigo mesmo no período em que o adversário era superior.

"No primeiro tempo ele sempre ameaçando, sempre chegando e no segundo tempo, o Palmeiras perdendo o jogo, tomou a virada, ele assume o jogo. O Flamengo acho que sente um pouco pela temperatura, recua, também acho até normal que recue em dado momento, porque não dá para jogar pressionando lá na frente o tempo todo, é muito desgastante, e você também tenta tirar o adversário lá de trás. Só que o Flamengo não estava conseguindo criar tanto. Depois, quando chegou, teve até chances mais claras, acho eu, o Weverton fez boas defesas.

"Mas o Palmeiras fez um segundo tempo muito legal e mostrou que dá para jogar de outra maneira, que pode jogar de outras formas, e é isso o que tem que ter, esse sarrafo tem que ser jogado para cima. O Abel Ferreira, como um técnico que veio lá da Europa, tem que ser cobrado, acho eu, por um futebol mais diversificado, pelo torcedor do Palmeiras, pela imprensa, não dá para aceitar que um técnico que vem lá, não importa o que ele ganhe, ele tem que fazer mais, ele tem que se cobrar, essa é uma crítica construtiva, ele tem que se cobrar, ele tem que fazer mais e o Palmeiras ontem fez mais", completa.

Mauro Cezar acredita que o Palmeiras não atuou em seu limite diante do Flamengo, apontando a possibilidade de que a equipe de Abel Ferreira se apresentar de forma superior à da Supercopa, desde que o treinador trabalhe seus jogadores para isso.

"É o limite do Palmeiras? Eu acho que não, acho que se o time tentar fazer mais, for treinado para isso e se preparar para isso, o Palmeiras vai apresentar um futebol melhor, vai ser capaz de apresentar diferentes propostas de jogo de acordo com o adversário, com o momento da partida, com a competição, com todas essas características que estão embutidas em um jogo de futebol, e o Palmeiras ontem mostrou isso, ou seja, é possível, o Palmeiras não é só um time reativo, ele pode ser mais, depende de querer, trabalhar para isso e ter capacidade", conclui.

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Fonte: Uol