O descontentamento de Gabigol após ter ficado no banco durante o primeiro tempo da partida na qual o Flamengo derrotou o Fortaleza , no último sábado (5), causou discussões sobre se o jogador deveria ou não fazer parte do rodízio promovido pelo técnico Domènec Torrent no elenco, em um calendário mais apertado devido à pandemia.Somado a isso, o clube volta a campo hoje (9) para o clássico diante do Fluminense , pela nona rodada do Brasileirão .
No podcast Posse de Bola #54 , Mauro Cezar Pereira discorda da opinião de Arnaldo Ribeiro, de que Gabigol não pode ficar no banco por ser diferente dos demais. O jornalista ressalta o fator decisivo e a importância do atacante para o time, mas diz que ele não está no patamar de um tratamento diferente dos companheiros no clube carioca.
"Ele tem que se acostumar. Sinceramente, eu não concordo com esse tipo de coisa. O Arnaldo citou Messi e Cristiano Ronaldo , acho que não tem termo de comparação Messi e Cristiano Ronaldo, o Gabigol não é tão grande assim. Ele é importante, ele foi um cara decisivo na Libertadores , ele é um cara que parece morto, vai lá e decide, foi assim na Libertadores, foi assim no sábado. Mas ele tem que amadurecer, ele tem que aprender a lidar com o grupo, é um grupo de jogadores e acabou", diz Mauro Cezar.
"Eu acho que nenhum jogador pode ser maior. O Zico é uma outra coisa, o Zico no Flamengo, o Messi no Barcelona, o Pelé no Santos. É outra situação, acho que o Gabigol não tem esse tamanho todo. O tipo de atitude, é uma atitude tola, infantil. Fez o gol da vitória e aí sai fazendo aquela cara de quem comeu e não gostou. Ah faça-me um favor, vamos ser um pouco mais maduros, mais profissionais, sai de campo numa boa. Não gostou? Chama o técnico e fala 'professor, eu não gosto de ficar no banco'. Aí o cara vai conversar com ele", completa.
Mauro também faz uma crítica a ex-jogadores que atuam como comentaristas por defenderem esse tipo de atitude de Gabigol, dizendo que há corporativismo.
"Reparem como a quantidade de ex-jogadores de futebol que hoje comentam, como defendem essa postura, porque no tempo deles era assim. Então, a gente tem que ficar agarrado no tempo em que esses caras jogavam bola. O jogador tem que espernear, o jogador tem que chutar o balde? É uma maneira do ex-jogador continuar muito bem relacionado com os atuais jogadores, porque raramente criticam e, quando encontram aí entre os boleiros, fica todo mundo entre amigos, porque você sempre fica do lado do jogador. Com exceções, é claro, não são todos", diz Mauro.
"É muito curioso isso, esse é um outro movimento que existe de corporativismo, do boleiro e do ex-jogador, tudo boleiro, como tem dos técnicos. Critica o estrangeiro, mas não critica o brasileiro quando faz coisa pior do que o técnico estrangeiro. Isso é uma coisa que me chama bastante atenção e no sábado isso ficou muito claro", conclui.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
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