Marília Ruiz: Flamengo de Renato joga mais do que "oportuniza"

O novo Santo Graal dos analistas de futebol é o desempenho.

Desenvolvemos softwares, usamos estatísticas, usamos devices acoplados aos corpos dos jogadores e usamos a palavra desempenho a cada 5 que falamos para dar credibilidade ao discurso.

Vale para jornalistas. Vale para atletas. Vale para treinadores.

Tem até quem invente neologismos para forçar a ideia de que o desempenho é o Pelé do século 21. E quem não professa a mesma "religião" é defasado, saudosista, raso, quase negacionista… São os radicais do "mapa de calor".

Pois bem.

Tentem achar um cientista, um médico, um preparador físico, um fisiologista, uma pessoa com bom senso que seja capaz de atestar que é possível agradar "vocês da imprensa" com desempenho neste ano de jogos 3 x por semana que completamos nesta semana.

Quem de vocês encontrou a fórmula da juventude para compensar a falta de tempo para minimamente treinar?

Discutir desempenho nesta temporada é psicodélico.

Isso posto, opino: o desempenho do Flamengo com a chegada de Renato mostra que futebol é bem mais do que uma equação de segundo grau. Não se tratar só de " oportunizar" (socorro!!!), trata-se de jogar.

Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Fonte: Uol