Arrascaeta e Bruno Henrique são só alegria no Flamengo. Com a conquista da Supercopa, no último domingo, com a vitória por 3 a 1 contra o Botafogo — o atacante foi eleito o melhor da partida, com dois gols marcados —, a dupla chegou aos 14 títulos pelo rubro-negro. Os dois são os maiores campeões da história do clube.
— Muito feliz. Mais uma vez marcando meu nome na história do clube. Começando o ano com o pé direito, que é importante. Que possamos ter um ano com mais títulos para chegar no final dele conquistando o nosso objetivo. É isso que o departamento de futebol quer — afirmou Bruno Henrique.
— Tem que focar em cada competição, agora é o Carioca. As estatísticas são de vocês, todo começo de ano é uma expectativa muito grande. Tem hora que dá certo, outras não. Começamos bem, uma pré-temporada muito boa, mas isso não garante nada. Vamos tentar e dar o nosso melhor para que seja um ano vitorioso. Tem grandes equipes, mas temos total confiança no grupo e no elenco para cada jogo ser uma final — disse Arrascaeta.
Se o número de títulos é semelhante, no que diz respeito ao campo e bola a dupla vive momentos diferentes no que diz respeito ao campo e bola. Versátil, Bruno Henrique tem realizado funções diferentes ao longo das partidas. Ponta-esquerda de origem, o camisa 27 também tem atuado como centroavante no time de Filipe Luís.
— Prefiro jogar pelo lado esquerdo como atacante. Essa é a minha prioridade. Mas quando o Filipe assumiu, ele veio conversar comigo e (falou que) me via em outras funções. Estou aqui para ajudar, quando jogar ou não. Se for em outras posições, é claro que foge um pouquinho da minha característica, como jogar de centroavante. Mas consigo ter benefícios em alguns pontos que outros centroavantes não tem, como a velocidade. Mas a minha prioridade é pelo lado esquerdo — analisou Bruno.
Já Arrascaeta, por sua vez, ainda não atuou como titular em 2025. O agora camisa 10 do Flamengo foi utilizado em três partidas na temporada, todas vindo do banco de reservas. Há uma preocupação especial com a questão física do uruguaio, que enfrentou alguns problemas ao longo das últimas temporadas e vem de recuperação de artroscopia no joelho esquerdo.
— Acredito que aos poucos vou voltar a jogar, sim, para mim é o mais importante. Fiquei quase dois meses parado, dificulta, mas tenho de entender os prazos para jogar 90 minutos e não ter problemas. Estamos fazendo todos os passos, estou me sentindo cada vez melhor. Tomara que em breve possa ajudar meus companheiros, em um clube tão grande a disputa na minha posição é alta, cada vez mais forte. Tenho que estar preparado — explicou o uruguaio.
Para a partida da próxima quarta-feira, contra a Portuguesa, em Uberlândia, Arrascaeta tem chances de ser titular. Bruno Henrique, titular em duas partidas no ano, não foi relacionado.
— Acredito que o Filipe vai me colocar amanhã — brincou Arrascaeta.
Veja outras respostas da dupla:
Sentimento em chegar a esse marco histórico com o Flamengo
Bruno Henrique: — Acho que é um privilégio para mim estar conquistando tantos títulos com a camisa do Flamengo. Desde a minha vinda para cá, o meu sonho era ganhar. Sabia que assim poderia colocar meu nome na história do clube. E hoje nós somos os recordistas de títulos com essa camisa. É como o Arrascaeta falou, não é fácil ter tantos títulos. Mas nós trilhamos esse caminho dessa forma. Vestimos a camisa e sempre que entramos em campo, damos o nosso melhor pelo Flamengo para ganhar jogos e títulos. Ficamos muito felizes em estar conquistando essa marca com o clube. Que consigamos ampliar esse número, porque esse grupo nunca está satisfeito. Sempre queremos mais.
Bruno Henrique: — O Flamengo é cada vez mais visto mundialmente. Todos que vem contra nós querem ganhar. Os clubes estão se fortalecendo com grandes jogadores, e isso acaba trazendo essa competitividade para nós
Arrascaeta: — É um prazer e orgulho fazer parte desse elenco e ficar tantos anos no Flamengo conquistando coisas importantes. Muito difícil conquistar tudo que temos conquistado com o caminho e legado que estamos deixando dentro e fora do campo. Temos sido autocríticos porque somos um espelho para as crianças fora do campo. Dentro do campo sempre damos o nosso melhor. A torcida me apoia desde que cheguei aqui, quando não estava jogando pediam para jogar. Me deixa feliz. Não podemos sentar e ver o que já fizemos, temos que continuar com a missão de querer mais. O Boto chegou agora e quer ganhar. É mais um ano que vamos ter de correr atras dessas coisas importantes.
O que representa chegar nesse número depois de tudo que passou, como grave lesões
Bruno Henrique: — Hoje consigo entender perfeitamente (tudo que enfrentou). Uma palavra que consigo colocar aqui é superação. Sou um cara que nunca desistiu dos sonhos, sempre corri atrás do que quis. E essa palavra me define bastante. As vezes as pessoas acham que estou velho, 34 anos. Mas não me preocupo com essa parte. Procuro me blindar, me recuperar, alimentar e descansar bem, porque isso vai me fazer conquistar cada vez mais títulos, jogar bem e ajudar o Flamengo. Esse é meu objetivo dentro do clube