Certamente você já fez suas apostas. Quem são os favoritos para conquistar o Brasileirão da pandemia? Quem terá vaga na Libertadores? Quem vai ser rebaixado à Série B? Bolão por aí é o que não falta. E se todo mundo pode, eu também posso dar os meus palpites.
Primeiro, o alto da tabela:
Flamengo
– O favoritismo é claro, sustentado pela qualidade do elenco. Mas é bom ficar de olho, pois a adaptação do elenco aos métodos de trabalho e ao estilo de jogo de Domènec Torrent pode complicar as coisas para o Rubro-Negro, ao menos no início do campeonato. O desempenho do time vai depender da liga que vai dar a relação dos jogadores com o novo técnico.
Atlético-MG
– A diretoria fez loucuras, gastou mais do que podia com reforços de peso, mas montou um time de respeito. Sampaoli já conseguiu incutir no elenco do Galo o que quer ver em campo. E é bom lembrar que o argentino é o atual vice-campeão brasileiro, com o Santos, um time muito mais limitado do que o que tem agora nas mãos. O que é um bom cartão de visitas que permite aos atleticanos sonhar com um voo ainda mais alto.
Palmeiras
– A aposta de Luxemburgo no projeto de renovação, mesclando a garotada com nomes consagrados, tem tudo para dar certo. No papel, o time é bom. Mas no campo atirando alguns momentos, como o segundo tempo que garantiu ontem o título do Paulistão, contra o Corinthians, ainda falta muito para engrenar. O Palestra, como se sabe, é um caldeirão e, mais do que os outros precisa de resultados para ter estabilidade. Um bom começo, portanto, é fundamental para credenciar o time na corrida pela Taça contra o Flamengo.
Grêmio
– A continuidade de Renato Portaluppi é o maior diferencial, especialmente em um time que aposta muito mais no conjunto do que em valores individuais. Por isso, nem a saída de Everton Cebolinha, embora tenha um peso importante, é claro, deve comprometer muito o jogo do Tricolor. Resta saber como o clube vai se equilibrar entre o Brasileirão e a Libertadores. Definir prioridades sempre foi o ponto fraco de Renato. Se resolver, é candidato a brigar pelo título.
A partir daqui, mudamos de pelotão.
Internacional
– A situação do Colorado é oposta à do Grêmio. E, guardadas as proporções, bem parecida com a do Flamengo: o elenco, que tem bom nível, precisa se adaptar ao que quer o argentino Eduardo Coudet. Embora tenha chegado ao Beira-Rio no início da temporada, o técnico argentino ainda sofre para impor seu esquema de jogo. É um trabalho promissor, sem dúvidas, mas que ainda precisa se firmar. Uma vaga na Libertadores estará de bom tamanho para o Inter.
Athletico
– O elenco deste ano é pior do que o de 2019. Perdas significativas, como a de Rony, não tiveram reposição à altura. Mas o Furacão entra em campo para cumprir o mesmo papel das últimas temporadas, um coadjuvante de luxo que não tem forças para brigar na cabeça mas que dificilmente verá ameaçada sua vaga na Libertadores.
São Paulo
– O Tricolor tem um elenco muito acima da média dos rivais. Mas sofre com a instabilidade e se perde nas contradições que desafiam Fernando Diniz em todos os clubes por onde passa. A proposta de um jogo ofensivo, de toque de bola e muita movimentação, encanta. A fragilidade da marcação, a falta de objetividade do meio para frente, assusta. Sem resolver essa equação não dá para sonhar além de uma vaga na Liberta.
Corinthians
– Tiago Nunes incorporou de vez o DNA corintiano. Primeiro, não tomar gol, se der fazer alguma coisa depois. Foi jogando assim que o Corinthians chegou à final do Paulistão, depois de ter visto de perto o rebaixamento. Desde a volta da Pandemia, foram seis jogos, seis gols marcados e um único sofrido, o de ontem na final contra o Corinthians no derby. E é assim que o time vai continuar atuando no Brasileirão. Não dá para ser campeão, mas com uma vaga na pré-Libertadores dá para contar.
Com alguma boa vontade, o
Santos
, que foi buscar no passado, com a contratação de Cuca, uma luz para o seu futuro e o endinheirado
Red Bull Bragantino
poderiam entrar nessa lista de quem pode sonhar por uma vaga na Liberta.
Por fim...
O trio carioca F
luminense, Botafogo e Vasco
, a dupla
Fortaleza
e
Ceará
e o
Goiás
, devem trafegar ali do meio da tabela para baixo.
Bahia, Sport
e
Coritiba
que acabaram de forma melancólica os estaduais e,
Atlético-GO
são os candidatos mais fortes ao rebaixamento.
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