O Comitê de Operações de Emergência (COE) de Guayaquil interditou, na tarde desta terça-feira, o estádio do Barcelona-EQU, que receberia partida da Conmebol Libertadores contra o Flamengo às 19h15 (no horário de Brasília). As autoridades locais já enviaram carta à organização pedindo o adiamento do jogo.
A decisão acontece depois de uma inspeção de uma equipe médica ao hotel Hilton Colon, onde a delegação rubro-negra está concentrada. Nesta manhã, o clube comunicou mais dois casos positivos de COVID-19, depois de já ter outros sete confirmados.
Diretor de Saúde do Munícipio de Guayaquil, o médico Carlos Salvador comunicou a medida em breve entrevista coletiva no hotel e também conversou com Marcos Braz, diretor de futebol do Flamengo, que se manifestou contrário ao adiamento.
"Decisão de autoridade a gente nunca sabe se é certa ou não, a gente cumpre”, disse o dirigente. O regulamento da Libertadores não prevê o cancelamento de partidas por casos de COVID-19 sob nenhuma hipótese.
“Existem sete integrantes da equipe com os exames PCR positivos. Chama a atenção que há sete dias entraram no país pelo aeroporto de Quito, com exames negativos”, disse Salvador. “Isso é de muita preocupação para nós pelo risco de contágio. Estamos sugerindo, da parte técnico, que não haja partida”.
“Enviamos uma carta para a Conmebol, eles darão o ponto de vista. Falo do ponto de vista de saúde, da parte médica. A esportiva é outra coisa”, completou.
Na decisão do COE, lida pelo diretor de saúde equatoriano, o estádio do Barcelona fica interditado temporariamente “para jogos de qualquer espécie, com ou sem público”.
Nesta terça, no Flamengo testaram positivo para a doença o médico Márcio Tannure e Juan Santos, integrante do departamento de futebol. Sete jogadores já estavam isolados com a doença: Isla, Filipe Luís, Matheuzinho, Diego, Bruno Henrique, Michael e Vitinho.