Lesões, prováveis saídas e planejamento enfraquecem o elenco do Flamengo

Com Viña e Cebolinha fora dos planos até a temporada que vem após suas respectivas cirurgias, o Rubro-Negro precisou recalcular a rota no mercado e abrir os olhos para repor essas posições. Foi a partir disso que Michael entrou no radar e se tornou a contratação mais próxima, mesmo após longas conversas por Claudinho e Marcos Antônio, que acabou indo para o São Paulo.

Outros dois nomes que o clube abriu negociação, mas não conseguiu entrar em acordo foram dos meias Lucas Paquetá, do West Ham, e Carlos Alcaraz, do Southampton. O Flamengo chegou a se acertar para ter Alcaraz, mas o clube inglês mudou os valores, pediu jovens da base e travou a negociação. O Rubro-Negro mantém o interesse e busca um denominador comum.

As lesões musculares de Pedro e Gabigol farão o time ter pelo menos quatro desfalques até setembro. A previsão de retorno dos atacantes é de um mês. Neste cenário, o Flamengo conta com apenas três opções para o ataque: Bruno Henrique, Carlinhos e Luiz Araújo. O nigeriano Shola figurou no banco como opção.

A lista de desfalques deve aumentar com Arrascaeta, que deixou o jogo contra o Botafogo com dores na coxa, aos 4 minutos do primeiro tempo.

A lesão de Viña coloca em questão a lateral esquerda, já que a única opção é Ayrton Lucas. No mercado, o Rubro-Negro ainda não conseguiu alinhar uma contratação para suprir a ausência do uruguaio. O nome que surge é Alex Sandro, mas as conversas ainda não avançaram. O outro lado no campo vive uma situação parecida. Por enquanto, Tite tem duas opções: Wesley e Varela. O jovem, no entanto, tem uma boa proposta da Atalanta (Itália) e será negociado por 20 milhões de euros.

A negociação entre Fabrício Bruno e Rennes (Inglaterra) gira em torno de 14 milhões de euros e também mexe no planejamento do elenco. Titular absoluto, a provável saída do zagueiro fará a comissão técnica precisar definir entre David Luiz e Léo Ortiz para formar dupla com Léo Pereira, além de abrir espaço para o zagueiro Iago, do sub-20.

Uma avaliação da diretoria do Flamengo foi colocada em xeque conforme as lesões foram aparecendo. Internamente, havia o consenso de que o clube trabalhou com uma janela "antecipada" devido às contratações de De la Cruz, Viña, Léo Ortiz e Carlinhos. Foram investidos cerca de R$ 191 milhões. Desta forma, o clube agiria pontualmente no mercado no meio do ano.

No entanto, a rota precisou ser recalculada e, além de volante, meia e lateral-direito, o clube precisou acrescentar ponta esquerda e lateral-esquerdo na lista. E agora corre contra o relógio. O Flamengo tem 13 dias para contratar e, com isso, oxigenar o elenco e dar opções para a comissão técnica de Tite. Os jogadores poderão ser inscritos até o dia 2 de setembro, mas há diferentes regras para as competições.

+Balancete do Flamengo no 1º semestre registra déficit de R$ 79 milhões e caixa de R$ 209 milhões

Na Copa do Brasil, o atleta só poderá ser inscrito se não atuou por outro clube brasileiro nesta mesma temporada. Essa regra não parece ser um problema para o Flamengo visto que, no momento, o clube não negocia com nenhum atleta que atue no futebol brasileiro.

Na Libertadores, os reforços só poderão ser inscritos caso o clube se classifique às quartas de final - a vaga será decidida nesta quinta-feira contra o Bolívar. No Brasileirão, no entanto, não há qualquer especificação. Atletas contratados poderão atuar após regularização no BID até o último dia de janela.

Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv