O León, sorteado como adversário do Flamengo no grupo D do Mundial de Clubes de 2025, ainda não tem participação confirmada na competição. O clube mexicano tem o mesmo dono que o Pachuca , outro time do país que está entre os 32 participantes, e o regulamento proíbe que haja mais de uma equipe do mesmo grupo empresarial no Mundial .
A participação dos dois clubes, sendo assim, dependerá de uma decisão da Fifa. León e Pachuca estão cientes que há uma investigação aberta pela entidade sobre o caso . O dono das equipes, o empresário Jesús Martínez Patiño, esteve presente no sorteio nesta quinta-feira, e demonstrou otimismo de manter seus clubes simultaneamente na competição, que será disputada entre junho e julho do ano que vem.
- Estivemos falando com o secretário-geral e o presidente da Fifa. Teremos mais uma reunião depois do sorteio. Estão nos escutando, que é o mais importante. E estamos muito otimistas de resolver essa situação. Temos que esperar depois do sorteio para ter uma solução, para fim de dezembro ou começo de janeiro - disse Martínez à imprensa mexicana.
O departamento jurídico da Fifa lidera o processo, que definirá se um dos dois clubes precisará abrir mão do torneio ou se uma exceção será aberta para os dois mexicanos , permitindo a participação simultânea. Algo parecido com o que aconteceu na edição atual da Champions League, na qual a Uefa permitiu que Manchester City e Girona, que pertencem ao City Football Group, pudessem participar do torneio juntos.
Não há prazo definido para a decisão ser tomada , mas a Fifa deseja que tudo seja resolvido o mais rápido possível, apesar do torneio só começar em junho do ano que vem. A entidade tenta preservar a integridade do campeonato, para que todos os clubes possam analisar seus adversários e se preparar para o torneio da mesma forma.
Apesar do regulamento proibir a possibilidade, os clubes mexicanos ainda podem convencer a Fifa a permitir que ambos joguem como representantes da Concacaf . Caso um dos dois tenha que deixar a competição, não há uma definição de quem exatamente herdaria a vaga. O certo é que ela não sairia da confederação das Américas Central e do Norte.
Caso o ranking do continente seja levado em conta, o América do México seria um candidato a ficar com o possível lugar aberto. O time comandado pelo brasileiro André Jardine é o terceiro do ranking da Concacaf, atrás de Monterrey e León, que já estão no torneio.
A Alajuelense, da Costa Rica, fez um pedido formal à Fifa para participar do Mundial de Clubes de 2025. O time costa-riquenho explicou que "a reivindicação se baseia nos princípios de elegibilidade estabelecidos no regulamento do torneio e nos requisitos que o clube cumpre para estar presente nesta competição". O clube é o atual campeão da Taça Centro-Americana, torneio que classifica clubes da América Central para Copa dos Campeões da Concacaf, e também é o primeiro time que não é de Estados Unidos ou México no ranking.
- Confiamos que a Fifa respeitará seu regulamento e dará o espaço que temos direito como bicampeões da América Central e o melhor time da região, reafirmando seu compromisso com a justiça desportiva - disse a Alajuelense em comunicado nesta quinta.
Pachuca e León pertencem ao conglomerado de clubes do empresário Jesús Martínez Patiño, que ainda conta com os também Zacatecas e Coyotes de Tlaxcala, além do Talleres, da Argentina, e do Everton, do Chile.
A primeira edição da Copa do Mundo dos Clubes, torneio quadrienal criado pela Fifa, será disputada nos Estados Unidos, entre 15 de junho e 13 de julho de 2025. As 32 equipes, das seis confederações continentais, foram divididas em oito grupos, com formato de disputa semelhante ao da Copa do Mundo: os dois melhores de cada chave avançam às oitavas de final. O Brasil é o país com mais representantes, quatro: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras.