Léo Pereira diz que Flamengo merece título e minimiza pressão do Fluminense: "A gente descarta"

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Léo Pereira apareceu na sala de entrevista coletiva do Ninho do Urubu na tarde desta sexta-feira, l ogo após o Flamengo anunciar a renovação de Pulgar até 2027 . O zagueiro chegou brincando: "A minha é até 2030" (risos).

A vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, manteve o clima leve no CT rubro-negro. Mas assim que começou a coletiva, o semblante de Léo Pereira ficou sério para falar da confusão no fim do clássico. Perguntado sobre a nota oficial do Fluminense questionando as decisões da arbitragem , o zagueiro respondeu:

Léo Pereira em entrevista coletiva no Flamengo — Foto: Adriano Fontes/Flamengo

— A gente descarta qualquer tipo de pressão que venha, seja de arbitragem ou de alguma nota do Fluminense. Vamos entrar em campo para jogar futebol, é o que temos feito. Vamos nos concentrar. Já falei que temos que nos concentrar dentro de campo, não controlamos juiz, torcida... Temos que fazer um bom trabalho, o que temos treinando, e o resultado é consequência. Temos feito um bom trabalho e por isso temos vencido no início de temporada.

— É chato falar de assuntos como esse. A gente treina para levar um espetáculo bonito em campo e que as torcidas vejam um jogo bonito. Eles pagam ingresso para isso. É triste, as faltas têm sido em cima desses acontecimentos. A gente não controla, estamos mais preocupados em jogar bola e trazer alegria ao nosso torcedor. Temos feito tudo certo. Não tem como controlar o adversário, se partirem para cima a gente vai se defender porque ninguém quer sair envergonhado. Mas o principal é jogar bola.

Léo Pereira disputa bola com Canobbio em Fluminense x Flamengo — Foto: Alexandre Loureiro/AGIF

O Fluminense reclamou do número de cartões amarelos aplicados aos tricolores em comparação aos rubro-negros (7 a 1) e também sobre a expulsão de Freytes depois do jogo, em confusão com Luiz Araújo. Perguntado se a impressão do Flamengo foi se o rival tentou tirar o atacante do segundo jogo, Léo Pereira elogiou a postura do companheiro ao ser pressionado:

— Juro que nem vi (a confusão), estava conversando com o Léo (Ortiz) coisas do jogo. Em casa eu vi, mas são coisas que a gente não controla. O juiz toma as decisões dele. O Luiz coloca o braço para trás e toma um empurrão. Temos que nos policiar e agir da maneira correta. Ele tomou um empurrão e ficou quieto. O jogo tem que acontecer dentro dos 90 minutos e não fora, atrapalha o espetáculo.

O Flamengo tem a vantagem do empate no Fla-Flu de domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, e Léo Pereira disse que o Rubro-Negro merece o título pelo futebol que vem jogando. Mas pediu calma ao lembrar de 2023, quando venceram por 2 a 0 o primeiro jogo e foram goleados por 4 a 1 no segundo:

— Em 2023 eu estava em campo, fizemos 2 a 0 e sofremos a virada. Todo mundo tem que pensar dessa maneira, não tem nada decidido. É uma equipe muito qualificado do outro lado. O gol no final tirou a nossa vantagem um pouco, mas vamos entrar da mesma maneira, querendo vencer. Temos 90 minutos para firmar novamente que o Flamengo está bem e merece esse título.

Veja outros trechos da coletiva:

— Primeiro jogo, como muitos analisaram, foi muito disputado. Um clássico com muita historia. Qualquer lance tem que ser disputado. Jogamos ao nosso modo, competindo bastante. Clássico tem que ser assim. Tiramos de lição alguns momentos que entregamos a bola ao adversário e não caprichamos o passe. Temos que valorizar a posse, jogar para frente e buscar a vitória.

— Acho que tem que ser uma análise individual e coletiva. Todos aqui se cobram, a pressão de jogar no Flamengo é grande. Quando tomamos o gol nós nos cobramos porque acho que dava para fazer melhor. No fim do jogo fiquei puto porque era o final. Quando vai para casa tem que pensar em como ajustar os detalhes. Ficamos tristes e frustrados, mas temos que trabalhar bem para não atrapalhar o psicológico. Tomamos contra o Vasco, mas foi o inverso. Soubemos virar. Quando estivermos na frente e sofrermos o gol temos que saber controlar.

— O Vegetti, por ser capitão, sempre fala muito com o árbitro. São jogadores de alto nível, sempre marcando gols. Fazemos nosso trabalho para que eles não façam gols contra a gente. Acho que tem dado certo, respeitando todas as equipes. São jogadores que por estarem nessas equipes tem suas qualidades. O Cano tem sido artilheiro, temos que ter um cuidado especial com esses jogadores.

— Treinamos algumas vezes, mas bem pouco. Temos um esquema que às vezes abrimos os defensores para sair com três atletas.

— A gente treina o mais intenso para chegar em campo e ser superior ao adversário. Para chegar no fim do jogo e estarmos bem e desempenhando nosso futebol. Filipe é um cara fora de série. Nossos resultados são reflexo do que temos feito no dia a dia no CT. O Filipe nos traz muitas coisas e trabalha para que a gente chegue bem em campo.

— Temos que entrar nesse jogo como se fosse disputar o primeiro jogo novamente, esquecer a vantagem. Tem que entrar 100% focado e esquecer o resultado. Contra o Atlético ano passado foi assim. Tem que ser essa linha de pensamento. Vamos entrar para vencer, respeitando o Fluminense, mas vamos entrar para fazer nosso jogo e buscar o resultado.

— Assunto altitude é engraçado, ninguém quer ir para lá. Mas não podemos escolher adversário. Vamos tentar vencer todos que estiverem na nossa chave. Tem o final do Carioca, vai começar o Brasileiro e depois a Libertadores.

— Chega num momento do jogo que a equipe adversária está desgastada fisicamente e que acho que começa a interferir mentalmente. Alguns têm um jeito mais agressivo de agir e acabam empurrando, xingando, mas acontece. É clássico, cada um quer defender sua instituição. Temos que estar atentos, não cair na pilha, jogar para frente e dar alegrias ao nosso torcedor.

— O Filipe pede muito que a gente não rife a bola. Antigamente ele falava que se der chutão vai tomar multa... A gente sabe que tem um risco e de vez em quando tem que jogar sério. Mas a gente trabalha, todo mundo no mesmo propósito. Ele está mais que certo em exigir.

— Fico muito feliz e honrado de estar aqui, foi o que sempre quis desde que vim para o Flamengo . Estar em mais uma final vai muito da ambição também. Todo mundo que está aqui quer muito vencer. A ambição fala muito desse grupo, que é muito humilde e trabalha muito para estar nas finais. Quero sempre estar vencendo, ninguém quer perder e aqui não é diferente. A gente entra em campo para vencer, honrar nossas famílias e a torcida.

— Se ele falar mal de mim vai tomar peteleco. É um cara especial, fora de série. Tranquilo, trabalhador e que precisou passar por muita coisa para estar aqui. Eu sei um pouco da história dele, já ouviu muita coisa. Fico feliz. Ele chegou para ajudar muito, além de agregar quis muito estar aqui. Ele sabe que está no lugar certo.

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Fonte: Globo Esporte