Se para o icônico Nelson Rodrigues "o Fla-Flu surgiu 40 minutos antes do nada", o clássico mais charmoso do Brasil está presente na vida do zagueiro Léo Ortiz desde o tempo em que ele nem sonhava em jogar pelo Flamengo .
Sabe aquele joguinho de mesa com 11 bonecos para cada lado, na clássica formação 1-2-5-3, que os cariocas chamam de totó e os paulistas, de pebolim? No Rio Grande do Sul, onde Ortiz nasceu, o tradicional brinquedo é conhecido como Fla-Flu . E o atleta curte jogar desde pequeno.
- Eu gostava (de jogar), sempre brinco. Agora há pouco a gente foi num hotel que tinha Fla-Flu. Não sei como chama em outros lugares, mas lá (no Rio Grande Sul) se chama Fla-Flu. Desde sempre é um clássico que está sempre muito marcado no Brasil. Toda vez que tem está todo mundo ligado e atento para saber como vai ser.
Para os íntimos do totó, Fla-Flu ou pebolim, sabe-se que é terminantemente proibido "roletar". Ou seja, girar os bonecos para ganhar mais força no chute. Perguntado se em Porto Alegre é permitida a manobra, Ortiz riu e disse que sempre tem um jogador querendo dar o famoso "migué".
- Tem gente que inventa essa regra, mas eu jogava mais no clássico. Sempre vinha alguém que fazia e dizia "ah, eu não sabia". É f... (risos).
Contratado durante a reta final do Campeonato Carioca, Léo Ortiz foi relacionado para os dois Fla-Flus que decidiram a semifinal da competição. Do banco, assistiu à vitória por 2 a 0 do Flamengo no primeiro jogo e o empate por 0 a 0 que garantiu a vaga na decisão.
A primeira vez de Ortiz no clássico aconteceu em 23 de junho, no primeiro turno do Brasileiro. Ele foi titular como volante, e os rubro-negros levaram a melhor. Mas o único gol do jogo, marcado por Pedro aos 40 minutos do segundo tempo de um duelo em que o Flamengo foi melhor do início ao fim, deixou uma lição sobre a necessidade de o time ser efetivo.
- Meus dois primeiros jogos aqui, mesmo não jogando porque eu fiquei no banco, foram as semifinais do Carioca, com os Fla-Flus. Já deu para sentir um pouco o tamanho do clássico e da atmosfera. Até por ser uma semifinal, teve um clima diferente. Depois teve esse Fla-Flu do Brasileiro, que a gente conseguiu vencer com um gol de pênalti.
- A gente fez um bom jogo, nós poderíamos ter ganhado de uma forma mais tranquila aquele jogo, mas clássico é assim. Às vezes você não mata, o jogo vai se arrastando e fica perigoso. Felizmente a gente conseguiu vencer.
Necessidade de vencer para seguir na briga pelo Brasileiro
- É um Fla-Flu de muita importância para os dois lados, em que os dois times estão brigando por seus objetivos no campeonato. Temos que focar no Fla-Flu, e o Brasileiro é um campeonato em que a gente ainda pode brigar lá em cima.
Expectativa de dificuldades mesmo com o Flu na luta contra o Z-4
- E o jogo de agora, apesar da diferença de objetivos no campeonato, tenho certeza que será muito equilibrado. Quando é clássico as coisas se equivalem, a gente tem que estar preparado porque vai ser um jogo muito difícil, e eles têm muita qualidade apesar da fase que vivem.
Importância de jogar com raça
- A gente tem que colocar nossa qualidade acima disso, equilibrar na pegada também, porque clássico se joga dessa forma. E tenho certeza que temos boas condições para dar sequência a essas vitórias e chegar bem para a Copa do Brasil no fim de semana.
Dias importantes para o início do trabalho de Filipe Luís
- Acho que foi a primeira sequência de treinos que a gente teve com o Filipe. Ele teve pouco tempo para trabalhar, foi muito vídeo. Nesse tempo de Data Fifa, deu mais margem para que ele pudesse implementar coisas do trabalho dele na prática, lógico que sem alguns jogadores que estão nas suas seleções.
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