Léo Ortiz garante 'clima bom' no Flamengo antes do Mundial e defende Gerson: 'Nosso capitão'

Os rumores da saída de Gerson para o Zenit (Rússia) não vem abalando o vestiário do Flamengo antes da Copa do Mundo de Clubes. É o que garantiu Léo Ortiz em coletiva no segundo dia de preparação do grupo nos Estados Unidos. Além de exaltar a postura de "exemplo" do capitão do time, o zagueiro fez um paralelo com sua própria chegada ao rubro-negro, em 2024, quando foi contratado do Bragantino.

— A relação com ele, no dia a dia, não muda. O tratamento é igual. Lógico que não ficamos perguntando muito, porque é uma questão dele, e estamos em um momento de foco total no Mundial. A experiência no momento em que eu estava para vir para o Flamengo... lógico que é uma coisa que todo mundo estava falando, mas você tenta se focar o máximo possível na parte que você controla, que é dentro de campo. Nessa época que eu estava com toda essa negociação, com todo mundo falando, foi um dos momentos que eu fiz algumas das melhores partidas com a camisa do Bragantino — comentou o zagueiro.

— As pessoas perguntavam como eu conseguia estar convivendo com tudo isso. Somos profissionais e sabemos que faz parte da nossa vida. Enquanto isso, ele é jogador do Flamengo, tenho certeza que está muito focado, é o nosso capitão. Não se tornou capitão do Flamengo à toa, é muito pelo exemplo, e ele diariamente tem se dedicado ao máximo e dado exemplo na prática. Sempre, nos treinos, buscando deixar todos concentrados e dando exemplo por liderar — continuou Ortiz.

O Flamengo chegou aos EUA na quarta-feira e ainda está conhecendo melhor as estruturas nas quais ficará alojado. Porém, a "sensação de novo" vem animando o grupo.

— O clima está muito bom. Todo mundo muito focado e preparado para esse momento. É uma competição diferente, é a primeira vez que a gente vai disputar uma Copa do Mundo de Clubes nesse formato. A expectativa está muito grande, são diversos desafios de diferentes países e continentes. Então, dá essa sensação de novo. Sair do Rio de Janeiro, vir para um lugar que não conhecemos, treinar em um lugar novo, conhecendo coisas novas. É sempre legal e uma experiência diferente. Dá aquela ansiedade boa, por ser a primeira vez que vai ter esse torneio. Estamos bem empolgados e concentrados para fazer uma boa competição — disse Ortiz.

O defensor estava servindo a seleção brasileira na última data Fifa e disse que a expectativa entre os jogadores que atuarão no inédito mundial é grande. Além disso, apontou as dificuldades que os clubes europeus podem enfrentar, pelo momento da temporada:

— Acho que todos têm uma visão parecida de que é o primeiro campeonato. Então, todo mundo quer vencer. É uma oportunidade única de todos pararem para assistir. São clubes de quase todos os países acompanhando. Mesmo que seja mais difícil para eles, por ser um momento pré-férias, final de temporada, é mais desgastante. Mas tenho certeza que todos querem ser o primeiro campeão nesse formato — ressaltou.

Ao projetar a partida de estreia contra o Espérance (Tunísia), às 22h desta segunda-feira, Ortiz se mostrou ansioso para ter contato com outras maneiras de jogar neste Mundial, e também para fazer a forma de jogo rubro-negro prevalecer em campo.

— Jogo muito difícil. Os times africanos, além de defensivamente serem muito fortes e físicos, normalmente tem jogadores do meio para frente que são muito técnicos. Principalmente, da Tunísia, Marrocos, que são da mesma linha. A gente vai estudar mais de perto e com mais detalhes, o Filipe vai passar para nós. Também tenho um estafe que trabalha comigo e passa informações dos times que vamos jogar contra, mais dados de um jogador específico que vai ficar próximo à zona que atuo — contou Ortiz. — Essa parte do Mundial será legal, de entender outras maneiras de jogar, e como os outros times se portam dentro de campo. Tenho certeza que vamos conseguir fazer um grande jogo, colocar as nossas dinâmicas, a forma como a gente joga, contra outros times que jogam de diferentes maneiras como vemos no Brasil.

O zagueiro valorizou a oportunidade de encarar o Chelsea (Inglaterra) na 2ª rodada, mas disse que não está focado apenas neste confronto. Para competir, ele destacou a necessidade de manter um jogo de intensidade e pressão alta.

— É uma intensidade diferente. No tempo que eu passo na seleção, eu sinto que é, mas é uma intensidade que conseguimos igualar. Em alguns momentos, não estamos tão acostumados a fazer isso no Brasil, mas conseguimos ver que nosso time coloca uma intensidade maior do que os outros no Brasil. Temos de estar preparados e isso passa pelo mental. Conseguir colocar nossa intensidade e foco total durante os 90 minutos. Em alguns momentos, falhamos nisso de não conseguir passar desta maneira nos 90 minutos. Aqui vamos enfrentar grandes times, temos de estar 100% focados os 90 minutos, principalmente controlar o jogo em alguns momentos. Até porque ninguém aguenta essa intensidade maior o tempo todo. Com a bola conseguir, controlar a partida e, sem a bola, ter a mesma intensidade de sempre, pressionar alto. Isso não podemos deixar de fazer — declarou Ortiz.

Fonte: O Globo
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