Após a vitória do Flamengo sobre o Vasco neste sábado (8), garantindo a equipe na final do Campeonato Carioca, Léo Ortiz concedeu entrevista na zona mista do Maracanã. O zagueiro discordou da análise de um jornalista que classificou o confronto como equilibrado e enfatizou a superioridade rubro-negra nos dois jogos da semifinal.
"Não foi um tempo (de equilíbrio). Foram alguns momentos que eles tiveram alguma vantagem no jogo físico. Alguns minutos, não dá para dizer que foi um tempo inteiro. No primeiro tempo, fomos muito superiores, apesar do gol deles em uma bola parada. Temos que ajustar para não sofrer mais com esse tipo de lance. De resto, não vejo muita vantagem que eles tiveram", disse.
Ortiz destacou que o único momento mais disputado aconteceu no primeiro tempo da partida de ida, no Engenhão. Segundo ele, a estratégia vascaína de apostar em um jogo físico conseguiu igualar as ações por alguns momentos, mas o desgaste acabou prejudicando o rival na etapa final dos dois confrontos. Com isso, o Flamengo teve ainda mais controle da partida.
"O jogo não foi tão apertado assim como vocês pensam. Respeitando a opinião de vocês. O segundo tempo, a gente dominou completamente, acho que eles cansaram, assim como no primeiro jogo. O primeiro tempo do primeiro jogo, sim, foi mais equilibrado. É difícil fazer 90 minutos no jogo tão físico deles. Eles tentaram nessa estratégia", completou.
Os números do duelo reforçam a visão do defensor. No segundo jogo, o Flamengo teve 59% de posse de bola, finalizou 19 vezes contra apenas 4 do Vasco e trocou mais de 100 passes a mais que o adversário (458 a 345). No primeiro confronto, essa diferença foi ainda maior: 65% de posse contra 35%, além de 15 finalizações contra 8 e 476 passes trocados contra 269 do Vasco.
Com o placar agregado de 3 a 1, construído com vitórias por 1 a 0 e 2 a 1, o Flamengo garantiu vaga na decisão do Carioca pela sétima vez consecutiva.
Além da partida, Ortiz também comentou sobre a polêmica entre gramado natural e sintético, assunto que ganhou destaque no futebol brasileiro recentemente. O zagueiro revelou sua preferência por campos de grama natural e mencionou que sentiu desconforto nas articulações após atuar no gramado sintético do Engenhão.
"Acho que o principal do campo sintético é que é muito duro, muito mais complicado. Acho que passei dois dias depois com dor nas articulações, nas costas, no pé, por causa do sintético. Mas foi a opção deles, talvez para criar dificuldade. Em parte, conseguiram, mas a gente acabou vencendo", disse, antes de completar:
"Eu já falei minha preferência pelo gramado natural, e o gramado do Maracanã estava numa qualidade boa. Isso facilita o nosso jogo. No gramado sintético, no primeiro tempo, principalmente, sofremos um pouco. Acho que um pouco pelo gramado e um pouco também por culpa da gente. Não foi nem de perto uma boa partida e de um nível que eu vinha tendo aqui no Flamengo."