Lembra dele? Roger Guerreiro abre escolinha em SP e prevê vitória do Flamengo mais tranquila que 2004

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A Guerreiro Soccer Training já existe há sete anos, e em 2023 o ex-lateral concluiu a licença B da CBF academy para técnicos. Entre os jovens treinados por ele atualmente está o pequeno Lorenzo, de 10 anos, filho de Roger e que sonha repetir o pai e jogar um dia no Flamengo . Algo que não é impossível:

— Teve um menino meu aqui que chamaram para fazer uma semana de teste lá — contou todo orgulhoso depois de acompanhar o seu aluno no Ninho do Urubu em 2024.

Roger Guerreiro jogou só um ano no Flamengo , mas parece até que foi mais pela forma como ficou marcado na memória de muitos rubro-negros. Naquele ano de 2004, ele fez gols nos três Fla-Flus da temporada em jogos emocionantes, sendo herói no título da Taça Guanabara:

— Muito especial para mim e para o torcedor flamenguista. Principalmente aquele primeiro, quando a gente estava perdendo por 3 a 1, torcida do Fluminense gritando "olé". Então aconteceu tudo inesperado. O Felipe fazendo um gol de direita, eu que nunca tinha feito gol como profissional fazendo dois. Para mim foi bem histórico, é o jogo da minha vida aquele primeiro Fla-Flu.

— Depois teve o segundo em que eu fiz o gol do título da Taça Guanabara, 3 a 2. E no Brasileiro, a gente perde de 2 a 1, mas eu faço o gol de cabeça. Então foram quatro gols contra o Fluminense naquela temporada, média de um por jogo. Foram vários momentos no Fla-Flu que vou lembrar eternamente.

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Ao todo, foram 12 gols com a camisa rubro-negra. Marca que não conseguiu superar nem mesmo quando passou a jogar como meia, mais perto do gol, e fez sucesso também no futebol polonês, chegando à seleção do país:

— Foi o ano que fiz mais gols, mesmo jogando como lateral-esquerdo. Nem na Polônia, o máximo que fiz foram 10 gols na temporada e eu já jogava como meia. Fiz 12 gols naquela temporada no Flamengo , e deixo bem claro que todos de bola rolando. Não lembro naquele ano de um lateral ter feito mais gols que eu. Em 2005 acho que o Gabriel, do Fluminense, fez 17, mas ele batia pênalti. Os meus foram todos com bola rolando.

— Foi uma fase bem artilheira, aproveitava a estatura, acho que dos 12 sete foram de cabeça. Foi uma fase bem bacana e que me projetou para o futebol mundial. Dali fui para o Celta de Vigo, depois Polônia e trilhei uma carreira internacional.

Roger mantém viva sua relação com o clube e guarda até hoje duas camisas 6 que usou em 2004. Uma rubro-negra autografada por companheiros da época virou quadro. E outra, branca, do modelo reserva, que ele exibe com orgulho. Neste sábado, o ex-lateral vai acompanhar o Fla-Flu à distância e previu nova vitória do Flamengo , mas sem necessidade de fortes emoções como há 21 anos:

— Vou chutar o placar que fizeram contra o Botafogo: 3 a 1. Toma um golzinho, mas sem muito susto. Se vai derrubar o Mano Menezes eu não sei, ele ganhou uma sobrevida nesse último clássico contra o Vasco, situação dele estava bem indigesta lá. Mas acho que dá Flamengo . Não precisa ser com muita emoção, não. 3 a 1, sem sustos.

O Flamengo não sabe o que é perder sob o comando de Filipe Luís na temporada. O adversário deste sábado, às 16h30 (de Brasília) no Maracanã, tem um simbolismo para o treinador: o Fluminense foi único time que conseguiu derrotar o técnico rubro-negro neste seu início de carreira. O clássico, além de ter sabor de revanche, pode fazer o Fla assumir a liderança do Carioca. A equipe tem 13 pontos na segunda colocação - três a menos que o líder Volta Redonda, que enfrentará o Nova Iguaçu no domingo.

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