A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, revelou sua intenção de modificar o estatuto do clube para buscar um terceiro mandato. A declaração foi feita em uma entrevista à ESPN Brasil e ocorre em um momento crucial, a poucos dias da final da Copa Libertadores, onde o Palmeiras enfrentará o Flamengo no dia 29 de novembro, em Lima, Peru.
Leila Pereira, reeleita em 24 de novembro de 2024, atualmente ocupa o cargo até o final de 2027. Ela destacou que a proposta de alteração no estatuto partiu de conselheiros que a procuraram. "Tem uma corrente no Palmeiras, e isso é um furo de reportagem, que pensa, e algumas pessoas já me procuraram, em nós alterarmos o estatuto para ficar mais um mandato. Quem sabe. Mas aí outros dizem que não, que não pode, que é golpe. Que golpe é esse? Você alterou o estatuto, democraticamente. Se o associado diz que sim, e eu gostaria de continuar mais um… Só mais um (risos). Mas quem sabe", afirmou Leila.
Atualmente, o estatuto do Palmeiras permite um mandato de três anos com uma única reeleição. Esse debate sobre a mudança estatutária reflete uma preocupação com a continuidade da gestão em um período em que os clubes brasileiros enfrentam desafios financeiros e administrativos.
O Flamengo, presidido por Luiz Eduardo Baptista, também passou por um processo eleitoral recente e permanecerá sob sua liderança até dezembro de 2027. A rivalidade entre os dois clubes se intensifica à medida que eles se preparam para a final da Libertadores, um dos torneios mais importantes do continente.
A final ocorrerá no próximo sábado, às 18h (horário de Brasília), e promete ser um espetáculo à parte, não apenas pelo peso da disputa, mas também pelo contexto administrativo que envolve os dois clubes. O Flamengo, buscando mais um título continental, e o Palmeiras, com uma gestão que pode passar por mudanças significativas, estarão em campo em um confronto que transcende o aspecto esportivo.
Diante desse cenário, as palavras de Leila Pereira sobre a necessidade de uma gestão séria no futebol ecoam em um ambiente onde a política dos clubes pode influenciar diretamente no desempenho e na estabilidade das instituições. "Eu gostaria de continuar no futebol. O futebol precisa de pessoas sérias, que não vivam do futebol. Eu não vivo no futebol. Quando eu preciso dar de presente uma camisa do Palmeiras, eu compro uma, não pego nada do clube. Sou uma exceção no mundo do futebol. A gestão do Palmeiras devia servir de exemplo", complementou a presidente.
As expectativas para a final da Libertadores são altas, e o desenrolar dos eventos pode impactar não apenas o resultado do jogo, mas também o futuro administrativo de um dos clubes mais tradicionais do Brasil. A disputa traz à tona a rivalidade histórica entre Flamengo e Palmeiras, prometendo um embate repleto de tensão e emoção dentro e fora de campo.