Mesmo após o fim do seu mandato, Rodolfo Landim terá a chance de permanecer dentro da diretoria do Flamengo a partir de janeiro de 2025. Em entrevista ao site GE , Rodrigo Dunshee de Abranches, atual vice-presidente geral e jurídico do clube, anunciou que, caso vença as eleições, irá ter o atual mandatário como CEO.

Dunshee afirmou que mudou a cabeça de Landim, que pretendia concorrer à presidência do Conselho Deliberativo, e o fez aceitar um cargo na diretoria. Atualmente, a função é exercida por Reinaldo Belotti.

"A gente conversou, e num primeiro momento o presidente Landim se manifestou favorável a ir para a presidência do Conselho Deliberativo. Achei ótimo, mas entendi que seria um desperdício porque é um órgão independente da diretoria, e o contato do dia a dia entre diretoria e Conselho Deliberativo acaba ficando um pouco distante", disse Dunshee.

"Eu, como presidente do Flamengo, quero ter as melhores pessoas ao meu lado. E a pessoa mais qualificada que tem no Flamengo é o Landim. Ele disse que ia refletir, conversou com a família e me deu a notícia maravilhosa de que vai aceitar o meu convite", completou.

Landim confirmou o convite aceito, afirmando que teve o apoio da família na tomada de decisão e disse que a chance de trabalhar no projeto de construção do estádio rubro-negro foi um motivador.

"Isso implica num tempo de dedicação da minha vida profissional para o clube muito maior. Óbvio que essas coisas a gente tem que conversar com família, esposa, filhos e irmãos sobre os planos de vida. Foi uma conversa boa, todo mundo é rubro-negro, sempre tive muito apoio da minha família", argumentou.

"A gente refletiu, pediu uns dias para pensar um pouco porque não vou falar que vou entrar numa história dessas sem que seja com dedicação integral, dando todo o meu tempo, energia, esforço e conhecimento para isso. Há projetos estruturantes que o Rodrigo pediu para eu ter um foco maior, um deles é o estádio. Isso é algo que me move muito, sei que é o sonho de todo rubro-negro", acrescentou.

No novo cargo, Landim passará a ser remunerado para exercer a sua função. Para Dunshee, isso não é um problema. Aliás, muito pelo contrário, seria algo merecido.

"No primeiro momento, eu cogitei que ele pudesse assumir uma vice-presidência, mas ela é amadora. E o presidente já se sacrificou por muitos anos, eu preciso de um profissional que se dedique ao clube. Não tem ninguém melhor do que o maior presidente da história e um dos grandes executivos do Brasil", afirmou.

"O mundo mudou, se modernizou, e a gente tem que incentivar o profissionalismo. Os dirigentes amadores têm que atuar como se estivessem num conselho gestor para cobrar resultados e metas, mas a gente precisa que o dia a dia seja tocado por grandes profissionais", finalizou.

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