Landim revela que Flamengo deve intensificar conversas com Caixa por estádio no gasômetro; entenda a estratégia

O sonho do Flamengo de ter um estádio próprio ganhou força durante a gestão de Rodolfo Landim à frente do clube. Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, o presidente do rubro-negro deu mais detalhes sobre o andamento do projeto, além de detalhar a estratégia para a escolha do local, na região portuária do Rio. Ele explicou que atualmente, o clube está na fase de discutir a viabilização da construção com a Caixa, dona dos loteamentos do gasômetro.

— Houve a mudança de governo e não havia alguém já efetivado à frente da Caixa. Esperamos então a mudança do grupo de gestão, o novo presidente da Caixa (Carlos Antônio Vieira Fernandes) foi empossado (dia 9 de novembro), fui à posse e estamos tentando uma reunião com ele para a semana que vem. Existe uma previsão de troca dos vice-presidentes da Caixa, então poderemos aprofundar as conversas, utilizando a tese do Flamengo, que é real — afirmou Landim.

O dirigente também explicou que a ideia de que o estádio do clube pode valorizar os terrenos adjacentes partiu de uma inspiração comercial de fora do país. Ele conta que pretende seguir o modelo da rede de supermercados Walmart, que viabilizou a construção de suas filiais através do potencial de retorno de circulação de pessoas na área.

– Quando o Walmart (rede de hipermercados dos Estados Unidos) começou, se colocava em cruzamentos de estradas para ter grande movimento. Então notou que ao redor dele sempre crescia um complexo comercial, e começou a buscar incorporadoras e sugerir que montassem o complexo comercial no local, mas dessem ao Walmart o espaço para se instalar. O Flamengo tem um potencial enorme e precisa convencer essas pessoas que ter o estádio do clube em um terreno vai fazer com que saiam ganhando. Existem inúmeros terrenos ali. Se o clube tiver um deles, valorizaria os demais que estão eu volta, seria a chance de fazer decolar a região, com o surgimento de todo um complexo comercial, shopping, hotéis, etc — explica .

Landim alegou também que o clube não está interessado em explorar comercialmente o entorno, mas utilizar esse potencial para conseguir um "desconto" na compra do terreno.

— O Flamengo não terá esse entorno, mas naturalmente os donos dos terrenos vizinhos vão receber visitas de incorporadores que irão se interessar. Nos vendem por um preço mais baixo em troca do desenvolvimento e valorização do entorno. Preços inferiores, não de graça. Hoje há um círculo vicioso, está parado lá e sem vender, quero criar um círculo virtuoso. Fizemos isso no futebol, com um orçamento maior e times mais fortes, ganhando mais e arrecadando mais, retroalimentando o processo de crescimento dobramos o orçamento do Flamengo.

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Fonte: Extra