Em coluna publicada nesta segunda-feira (26) no jornal O Globo , o presidente do Flamengo , Rodolfo Landim , rebateu as críticas sobre a construção do futuro estádio do clube.

O dirigente chamou o projeto de "presente para o Rio de Janeiro", salientando que a montagem da arena irá modenizar uma área em "estado de abandono" na capital fluminense.

"Em primeiro lugar, é importante esclarecer que a desapropriação, pela Prefeitura, de uma grande área inutilizada há anos foi realizada legalmente por meio de um decreto municipal que declarou o referido terreno como de utilidade e interesse públicos. A mesma legalidade permeou o leilão realizado em 31 de julho, quando o Flamengo arrematou a área por R$ 138,1 milhões, valor depositado pelo clube em 2 de agosto", afirmou Landim.

"Há quem critique o prefeito do Rio pela desapropriação da área, sem levar em conta que aquele terreno desocupado, com localização privilegiada, está sem uso há décadas, o que colabora para seu atual estado de abandono. Do jeito como está, a área recém-adquirida pelo Flamengo não gera empregos e em nada contribui para fortalecer o cenário econômico-financeiro do município", seguiu.

"Outro ponto relevante é que a construção ali de uma arena esportiva para 80 mil torcedores terá como consequência a modernização de todo o seu entorno, incluindo a Zona Portuária, o Porto Maravilha e regiões vizinhas, que serão palco de novas atrações e investimentos privados", argumentou.

"Para além da alegria e do orgulho do torcedor rubro-negro, os benefícios gerados pelo estádio se estenderão a milhões de cariocas. E, para realizar esse antigo sonho, talvez o maior da história do clube, o Flamengo terá de cumprir compromissos rígidos determinados pela Prefeitura do Rio. Entre eles, a construção de um moderno centro de convenções, um grande estacionamento e intervenções arquitetônicas e de engenharia que transformarão a região num polo de lazer e entretenimento", complementou.

Justamente pela complexidade das obras, o presidente rubro-negro estimou os custos totais do projeto em até R$ 2 bilhões .

"O projeto de construção do estádio levará em conta, prioritariamente, o bem-estar da população, sendo gerador de benefícios sociais. As intervenções viárias e de infraestrutura naqueles 87 mil m² serão executadas com as melhores e mais modernas soluções de mobilidade urbana, aproveitando as integrações de transporte público com seus diferentes modais, como ônibus, trem, metrô, barcas e BRT", observou.

"A vizinhança com o recém-inaugurado Terminal Gentileza será potencializada, e novas vias serão construídas em torno da arena esportiva, melhorando o trânsito e valorizando o patrimônio de moradores e comerciantes", ressaltou.

"A geração de empregos é outro ponto relevante, visto que colocar de pé um sonho que pode custar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões exigirá a contratação de um grande volume de mão de obra, criando emprego e renda para trabalhadores de todas as torcidas", acrescentou.

Por fim, Landim pediu aos torcedores de outros clubes para que "deixem de lado velhas ideias e preconceitos" e apoiem a construção do estádio, já que a arena será importante para a "revitalização" do Rio.

"É hora de deixar de lado velhas ideias e preconceitos, de ter um olhar pragmático em relação a um projeto que colaborará fortemente para revitalizar uma importante região do Rio. Um Rio que é de todos os cariocas, de todas as torcidas e que é motivo de admiração e orgulho para milhões de brasileiros", apontou.

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