Ás vésperas do início da disputa de mais uma final, a Copa do Brasil, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, deixou claro que a renovação de Gabigol não depende do desempenho nas partidas contra o Atlético-MG, neste e no próximo domingo.
Em entrevista exclusiva, que será publicada na íntegra neste sábado, Landim detalhou a situação envolvendo o ídolo rubro-negro, cujo contrato se encerra no fim do ano, junto com o seu mandato. O presidente diz que a tinta de sua caneta vai até 31 de dezembro, e que se Gabigol quiser renova agora.
A situação do Gabigol depende do quê para se definir?
A situação tá a mesma há meses. Ele tem uma proposta. O presidente do clube sou eu, os caras estavam negociando mas não foi nada fechado. Primeiro, eu não estou deixando ele ir embora. Tem a proposta. Então se ele for embora, é porque ele encontrou alguma coisa melhor. Ele tem uma proposta pra ficar no Flamengo. Eu acho que ele também quer ficar no Flamengo. Agora, eu acho que as coisas precisam se juntar. O Flamengo precisa ter a perspectiva de que ele vai ter um desempenho bom durante vários anos. Porque uma coisa é fazer uma aposta por mais um ano. Outra é fechar o contrato por cinco anos com ele com o salário elevado.
Você falou que o Gabigol sofreria uma perda de imagem caso ele saísse do Flamengo, por que?
Cara, o Gabigol é um ídolo da torcida. E ele merece isso, pelo que ele entregou pro Flamengo. E o que ele entregou, eu falo pra todo mundo, tá lá na História. Ninguém vai conseguir apagar. Eu tive que me justificar, porque comparei com uma situação do Zico. Mas assim, o que eu disse pro Gabigol é que ele tem uma oportunidade. Porque você teve uma época de ouro do Flamengo em que o nome que ficou marcado foi o Zico. E a gente teve grandes jogadores também nessa nova fase do Flamengo aqui, que também foi uma fase vencedora. Não ganhamos o Mundial, mas ganhamos duas Libertadores. E o ídolo da torcida passou a ser ele. Então o que eu tinha dito na época é o seguinte: se ele continuar a ter uma carreira no Flamengo, eu acho que ele pode ser um ídolo, não durante o período que ele está aqui jogando, mas ele pode carregar isto para o resto da vida dele. Você acha que eu desejo algo diferente disso? Não, todo mundo deseja isso. Ser sempre a referência desse período, a maior referência, porque os outros também serão referência, mas assim, a maior referência desse período vitorioso que o Flamengo passou.
Você não poderia renovar o Gabigol agora caso ele aceite a proposta que está de pé?
Não, isso pode, isso já está na mesa. O contrato dele termina em 31 dezembro. Mas assim, é claro que a partir da a eleição pode haver uma continuidade, a gente vai ter esse período de 20 dias. Porque no dia 1º de janeiro já é outro o presidente. Entendeu? E aí ele pode firmar o contrato do jeito que ele quiser com o Gabigol e tal. Mas assim, até o dia 31 de dezembro eu botei na mesa um contrato, se ele quiser fazer, ele vai fazer, eu vou renovar. Entendeu? Minha caneta a tinta só seca em 31 de dezembro.
A situação do Bruno Henrique influenciou nessa proposta mais tímida para o Gabigol?
A gente fez uma proposta para ele de dois anos de contrato. Virou três anos ali, no final da negociação. A gente sentiu que ele queria ficar no Flamengo e ele deixou dinheiro na mesa pra continuar no Flamengo. Ele tinha uma proposta para jogar fora melhor, economicamente falando. E ele resolveu ficar no Flamengo. E a gente não tinha porquê duvidar que ele ia estar jogando bem. A gente estendeu essa negociação porque ele estava voltando de uma lesão grave.