Jorge Jesus abriu mão de "parte do aumento" que pretendia junto ao Flamengo para renovar com o clube.

A afirmação é de Rodolfo Landim, presidente do clube rubro-negro, e foi dada em entrevista ao programa Jogo Aberto , da Band.

Além disso, o mandatário afirmou que não há no contrato do treinador qualquer cláusula que o libere do compromisso com o clube em caso de uma proposta europeia que o agrade.

"A gente já tinha previsto um valor maior para a renovação dele. Esse foi um dos motivo que a gente ficou conversando e explicou a situação do Flamengo. Ele mesmo abriu mão de parte do aumento que ele ia receber para ser técnico do Flamengo", disse.

"O Jesus nunca escondeu de ninguém que ele considera o Flamengo um clube que está em outro patamar, que só ouviria propostas de outros clubes se conseguisse vencer e fossem clubes tops da Europa. Essa foi uma grande discussão que tivemos em relação a ele, porque era exatamente isso que a gente não queria que ocorresse", disse Landim.

"A gente queria a garantia de que ele estaria comprometido com o clube pelo menos até o final de todas as competições que temos esse ano e que vão se estender para o ano que vem. Foi mais ou menos em cima disso que acertamos o contrato", complementou.

"Como presidente, por mais que admire o trabalho dele e veja enorme valor nele, a gente não poderia aceitar que de uma hora para outra e no meio do campeonato e da disputa, ele fosse embora, me dizendo que estava indo porque isso já estava acordado. Foi exatamente o contrário e tive a garantia moral dele que estamos fechando pelo menos até o fim da temporada", disse.

Landim também falou sobre redução em possíveis premiações e salários do grupo de jogadores.

"Procuramos os jogadores e falamos: 'O planejamento era para receber X milhões ao longo desse ano, e vamos ter uma redução de receita. Vamos precisar de alguns esforços'. Eles concordaram com isso", garantiu.

Por fim, revelou que nove atletas do elenco principal já tiveram contato com a COVID-19, sem dizer nem quem, nem quando.

"Fizemos protocolos rígidos, estamos testando jogadores e familiares. O primeiro movimento testamos cerca de 300 pessoas e tivemos 38 infectados e hoje temos a convicção de que nove jogadores nossos tiveram contato com coronavírus. Se a gente for ver, os países que tiveram maior sucesso foram os que testaram maiores pessoas. A gente testa os jogadores duas vezes por semana e desde que trouxemos os jogadores, nenhum foi detectado", finalizou.