Presidente do Flamengo , Rodolfo Landim assumiu sua parcela de culpa pelo trágico ano rubro-negro, que não ganhou um título sequer mesmo tendo o elenco mais caro da América do Sul.

O site globoesporte .com divulgou trechos da reunião de Landim com o grupo político União Rubro-Negra (URN) na última segunda-feira.

Entre outras coisas, o mandatário rubro-negro também defendeu a permanência de Marcos Braz, vice-presidente de futebol do clube.

"Vários sócios já falaram: 1Você está comprando uma briga pelo Marcos e se desgastando. Demite'. Eu falei: 'Nem f..., desculpem pelo meu francês'. Primeiro porque o cara é meu parceiraço, é o cara que assume os problemas e os desgastes comigo. Está sempre brigando junto comigo. Eu sei o nível de dedicação dele. Numa hora dessas eu vou ser covarde e dizer que o problema é dele? Não existe nenhuma decisão que ele tomou que não tenha sido tomada junto comigo", disse Landim.

"Não vou botar o cara no fogo nem a porrada. Só quem não me conhece é capaz de achar que vou fazer uma coisa dessas. Acho o Marcos um excelente vice de futebol. Se tiver uma crítica para o futebol, o responsável sou eu. Não houve decisão alguma que foi tomada sem que eu tivesse sido ouvido. Então eu sou o responsável e o primeiro que tem que trocar sou eu. Vocês me escolheram. Se vocês estiverem descontentes, chega daqui a pouco e bota outro cara. Assim funciona a democracia", completou.

Landim ainda explicou os motivos pelos quais vai bancar a permanência de Braz.

"É um vice-presidente de futebol que se você vir as últimas conquistas importantes que o Flamengo teve, Copa do Brasil de 2006, Campeonato Brasileiro de 2009, é verdade que não esteve na Copa do Brasil de 2013... Mas em todas as vitórias que a gente teve ele estava à frente do futebol. E em condições muito ruins e muito piores do que temos condições de oferecer hoje. Se você pegar o nível de dedicação que o Marcos tem... Eu trabalho com ele direto. É um cara que vive futebol e entende de futebol. Ele vive no meio, ele é boleiro. É vereador, mas vive na Gávea e vive no CT".

"E tem uma condição pessoal de vida que permite a ele fazer isso. Que é a condição de vida que eu tenho. Graças a Deus posso me dedicar porque eu não preciso de dinheiro, sinceramente falando para vocês. E o Marcos não precisa de dinheiro. Quem que eu poderia ter que pudesse me ajudar mais com o futebol? Às vezes as pessoas falam assim: misturam o conceito do profissionalismo com o fato de o sujeito ser remunerado. O Marcos não é remunerado. Então por isso ele não é profissional?", explicou.

"Profissional é o cara que entende do negócio. Se é remunerado ou não é outro papo. Desde o início ele falou: "Não quero ganhar dinheiro porque eu não preciso ganhar dinheiro no Flamengo. Quero trabalhar por paixão e sei o que eu estou fazendo". Sei que é um negócio difícil quando passa um ano em que a gente não teve títulos naquele ano, mas não vou fazer análise do Marcos por um ano. Eu vou fazer análise do resultado do Marcos pelos cinco anos que ele esteve ao meu lado. E eu digo para vocês o seguinte: respeito a opinião das pessoas, mas eu acho o Marcos um excelente vice-presidente de futebol, não acho nem bom. Acho excelente".