Pelo terceiro dia seguido, o Flamengo desafiou a Prefeitura do Rio e realizou treino "clandestino" na Gávea. O contato feito pela Secretaria de Saúde depois da primeira sessão não surtiu efeito e o clube voltou a ser alertado. Em reunião com a Prefeitura e a federação do estado, o Rubro-Negro havia revelado seus protocolos, mas não teve liberação para treinar.
O clube ignora e entende que não há ilegalidade nos treinos. Talvez. Mas isso basta? A cidade já teve mais de 3 mil mortes e 30 mil casos da Covid-19. Mas o Flamengo, colocando-se acima de autoridades de saúde do mundo, decidiu que os protocolos que criou bastam. A falta de empatia que seus dirigentes demonstram desde o incêndio que matou dez garotos no Ninho do Urubu são negativos à imagem do clube, que conquistou o País com um futebol encantador na temporada passada.
A gestão liderada por Rodolfo Landim não dá qualquer sinal de se importar com as pessoas. Como tantos, o cartola se comporta como se o futebol fosse um universo à parte, como se não fizesse parte da sociedade. O mundo enfrenta o seu maior desafio em mais de um século, mas o recado que Landim e sua diretoria dão é claro: futebol acima de tudo, receita acima de todos.
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Alexandre Vidal/Flamengo