Dirigentes de Flamengo e Internacional, os dois clubes que ainda lutam pelo título, vociferando pela imprensa para prestar contas ao torcedor, técnico do Atlético-MG, terceiro colocado, se mandou, São Paulo, quarto colocado, em crise. E Vasco e Botafogo, dois gigantes do passado, rebaixados.
O Campeonato Brasileiro 2020 é uma festa estranha, com gente esquisita - e onde se serve cerveja sem álcool em arquibancadas vazias. Um torneio que começou sem jogo, com Goiás x São Paulo adiado poucos minutos antes do apito inicial, devido ao primeiro de vários surtos de Covid-19 que acometeram clubes durantes nos últimos meses. E que terminará com uma discussão insana e inútil sobre o uso do VAR em lances decisivos, em que cada clube interpreta conforme o resultado no placar e que convenientemente ignora o tema quando é favorecido pelo auxílio da tecnologia.
Por um lado, comemora-se chegar à ultima rodada com o título indefinido, mas em boa parte por causa do nivelamento forçado que a pandemia provocou numa disputa que acumulou chances desperdiçadas e pontos corroídos pelo caminho. Amanhã, pouco antes da meia noite, será conhecido o campeão, que poucos dias depois já terá um estadual insignificante pela frente.
A CBF, que deveria zelar pelo seu maior produto, falhou novamente. Defendeu-se do calendário insano colocando um porta-voz para criticar os times que ousam querer ganhar tudo. No fim das contas, perdem quase todos. Mais uma vez.
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![O presidente da CBF, Rogério Caboclo [centro], ao lado de Rubens Lopes [à esq.], presidente da Federação do Rio de Janeiro, e Luciano Hocsman, presidente da Federação Gaúcha](http://lance.com.br/files/article_main/uploads/2021/02/23/603590089645a.jpeg)
O presidente da CBF, Rogério Caboclo [centro], ao lado de Rubens Lopes [à esq.], presidente da Federação do Rio de Janeiro, e Luciano Hocsman, presidente da Federação Gaúcha (Foto: CBF)