O atacante Gabriel, do Flamengo, foi detido na madrugada de ontem ao ser flagrado em um cassino clandestino na zona sul de São Paulo, com outras 200 pessoas. No local destinado a uma prática ilegal, foi encontrado escondido embaixo de uma mesa e levado à delegacia para prestar depoimento.
A cena é tão ridícula quanto emblemática sobre a mentalidade de diversos jogadores do futebol brasileiro em meio a uma pandemia que hoje mata mais de 2 mil pessoas por dia no País.
Uma semana atrás, apesar do surto que atingiu o Corinthians, Jô e Otero não viram problema em passar a folga num resort. Outros casos parecidos aconteceram durante a última temporada, disputada de forma caótica e com mais de 300 casos de jogadores contaminados na Série A.
Paralelamente à defesa da manutenção do futebol no Brasil como forma de gerar algum entretenimento em tempos tão difíceis, alguns atletas vivem num universo à parte, sem qualquer preocupação com os impactos da Covid-19 entre pessoas próximas - de colegas de trabalho a familiares.
Gabriel, que há um ano publicava uma mensagem edificante nas redes sociais pedindo às pessoas para não negligenciarem a doença e se protegerem, é só mais um a agir de forma contrária ao que preza o bom senso.
Condutas que só enfraquecem a teoria de que o futebol tem condições de adotar rígidos protocolos de saúde. Não tem. Porque seus personagens furam a bolha como se fossem seres inatingíveis. Entre festas e apostas, a bolinha sempre cai no zero. E a banca agradece.
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(Divulgação/ Polícia Civil de São Paulo)