Justiça anula sentença, e Dener terá novo julgamento; ex-zagueiro culpa Flamengo por invalidez

Há um ano, o Flamengo ganhou na justiça a ação movida pelo ex-zagueiro Dener. Ele acusava clube de deixá-lo inválido. A defesa do ex-atleta recorreu e, na manhã desta segunda-feira, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro anulou a sentença.

Na ação, os advogados alegaram que foram impedidos de ouvir suas testemunhas. O tribunal anulou a sentença por cerceamento de defesa. Os desembargadores, por unanimidade, acataram o recurso e determinaram que uma nova audiência seja marcada para ouvir os três depoimentos. Posteriormente, haverá um novo julgamento.

O ex-zagueiro anunciou a aposentadoria em 2021, aos 23 anos, e alegou a decisão por problemas decorrentes de lesões no joelho. Segundo ele, o o departamento médico do clube errou no tratamento de suas lesões a ponto de torná-lo inválido. Logo depois, Dener entrou com uma ação trabalhista contra o Flamengo , pedindo uma indenização de R$ 4,2 milhões.

Dener Flamengo sub-20 — Foto: Twitter/Flamengo

Dener fez parte da geração de base que formou jogadores como Lucas Paquetá, Felipe Vizeu e Léo Duarte. Na ação, os advogados narram a cronologia de suas cirurgias. Uma no joelho direito e duas no esquerdo, sendo estas as que provocaram o fim de sua carreira.

De acordo com a ação, após a segunda cirurgia, Dener não teve o tratamento adequado por parte do clube em sua recuperação. No documento, ele afirma que sentia fortes dores enquanto realizava a transição para o campo, mas ouvia de quem o tratava (Dener não cita nominalmente os médicos ou preparadores que o atendiam) que "era normal" e deveria continuar a transição para o campo.

Dener Flamengo — Foto: Staff Images / Flamengo

Em maio de 2023, Dener perdeu a ação em primeira instância após decisão da 1ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro . Na ocasião, a juíza Adriana Malheiro Rocha de Lima usou como base do seu entendimento perícia feita nos autos do processo. De acordo com o laudo pericial, após as cirurgias, Dener teve um comprometimento funcional que corresponderia a 4% e, com isso, não se pode atestar que ele ficou "inválido" em função dos procedimentos adotados. Ou seja, o laudo descartou erro médico.

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Fonte: Globo Esporte