Justiça absolve sete réus por incêndio no Ninho do Urubu; decisão gera repercussões

A Justiça do Rio de Janeiro absolveu sete réus em um processo relacionado ao incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, que resultou na morte de dez jovens da base do clube e ferimentos em outros três. A decisão foi assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital, e foi publicada nesta terça-feira.

Detalhes da Decisão

O juiz fundamentou sua decisão com a "ausência de demonstração de culpa penalmente relevante" e a "impossibilidade de estabelecer um nexo causal seguro entre as condutas individuais e a ignição", conforme mencionado na sentença. A absolvição se deu após o Ministério Público ter pedido a condenação de todos os 11 denunciados.

Dos 11 réus, a decisão resultou na seguinte configuração:

• 7 absolvições
• 2 denúncias rejeitadas
• 1 réu absolvido
• Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo na época, teve a punição extinta por prescrição em 2021.

Réus Absolvidos

A lista dos réus absolvidos inclui:

• Márcio Garotti - Diretor financeiro do Flamengo (2017-2020)
• Marcelo Maia de Sá - Diretor adjunto de patrimônio do Flamengo
• Danilo Duarte - Engenheiro responsável técnico da NHJ (empresa de contêineres)
• Fabio Hilário da Silva - Engenheiro responsável técnico da NHJ
• Weslley Gimenes - Engenheiro responsável técnico da NHJ
• Claudia Pereira Rodrigues - Responsável pela assinatura dos contratos da NHJ
• Edson Colman - Sócio da Colman Refrigeração (manutenção em ar-condicionado)

A acusação original envolvia incêndio culposo qualificado, que resultou na morte de dez pessoas e lesão corporal grave em outras três.

Implicações Legais

A decisão é em primeira instância e cabe recurso. A absolvição dos réus gera discussões sobre as responsabilidades legais e a segurança em centros de treinamento de clubes de futebol. A decisão pode impactar a forma como as instituições lidam com questões de segurança e prevenção de acidentes.

A repercussão do incêndio ainda é sentida por familiares das vítimas e pela comunidade do Flamengo, levantando questões sobre a responsabilidade civil e os cuidados necessários para garantir a segurança em ambientes esportivos.

A informação é do site G1 e segundo o site UOL.