Dois dias depois da traumática e precoce eliminação do Benfica na Champions League , Jorge Jesus concedeu uma entrevista coletiva em Portugal. E o Flamengo foi tema de algumas perguntas para o Mister. O treinador foi questionado sobre os ‘memes’ feitos pelos rubro-negros após a derrota dos Encarnados para o PAOK.

Jesus foi perguntado também sobre a relação de amor e ódio com os cariocas por conta da saída inesperada ao fim do Carioca, mas o treinador afirmou que levou tudo numa boa, descartando qualquer irritação com os flamenguistas. Ele ainda deixou no ar um possível desejo dos torcedores para que voltasse ao Rio de Janeiro.

“Ódio? Está enganado, é amor. Eram 50 milhões que amavam. Tinha 70 mil pessoas gritando o meu nome todos os jogos. É por isso que eu acredito que os torcedores do Flamengo querem que o Benfica perca por um motivo e eu sei qual é (risos)”, disse Jorge Jesus, deixando no ar uma possível aprovação dos rubro-negros sobre um possível retorno neste momento.

“Não queria falar muito nisso, porque é um clube que me marcou muito. Foi onde conquistei os títulos mais importantes do mundo. Nunca vou esquecer. E nunca serei ingrato. Não é por estar no Benfica que vou dizer que os torcedores do Flamengo me odeiam. É o contrário”, completou.

Mister ainda foi perguntado pelos jornalistas sobre um arrependimento de ter trocado o time campeão do Brasil e América do Sul, apontando como grande favorito aos torneios de 2020 pelo Benfica, que não está no primeiro escalão do Velho Continente. Ele descartou qualquer sentimento, mesmo com a queda precoce dos portugueses na Champions League.

“O futebol é feito de decisões de risco. Arrependimento não tenho e isso não me passou pela cabeça. Cada vez mais me motiva o fato de não termos passado nesta primeira eliminatória. O Darwin (atacante uruguaio contratado pelo clube) chegou há uma semana e o processo de evolução individual e coletivo demora tempo”, disse Mister.

“Quando tomas a decisão de vir para o Benfica, que quer ganhar todos os objetivos, estás a colocar a fasquia alta. Isso tem feito parte da minha carreira como treinador desde que deixei o Benfica até chegar ao Flamengo. Quando saí do Brasil, sabia que iríamos ter uma tarefa difícil, mas que iríamos fazer uma boa equipa. O Benfica vai fazer uma equipa forte e com muita qualidade”, finalizou.