Em tempos de pandemia de coronavírus, muitos boatos circulam pelas redes sociais e causam transtorno para a população.

O atacante Jô, atualmente no Nagoya Grampus, do Japão conta que uma notícia falsa atrapalhou a rotina dos japoneses.

“Duas semanas atrás aconteceu um episodio curioso. Houve uma fake news de que a produção de papel higiênico iria acabar no Japão e só teria para exportação. E foi uma loucura! Acabou o estoque de papel higiênico no país todo em poucos dias. Mas semana passada voltou ao normal, ainda bem!”, contou o jogador, ao ESPN.com.br

“Nos mercados você encontra todos os produtos normalmente, não tem faltado de nada”, ponderou.

Fora esse problema, o brasileiro diz que o Japão não sofreu da mesma forma que países como Itália e China.

“As pessoas circulam em menor número nas ruas, mas os comércios estão abertos normalmente. Nós treinamos normalmente, mas não estamos jogando. Os jogos da J-League estão previstos para voltarem lá pelo dia 3 de abril”, explicou.

Jô afirma que o clube orienta os atletas sobre quais medidas devem tomar durante a pandemia.

“Só saímos de casa para fazer o necessário e cuidamos ainda mais da higiene. Temos que lavar as mãos toda hora. É comum os japoneses andarem de máscaras nas ruas antes mesmo do coronavírus porque como o vírus Influenza, que nesta época do ano é muito forte. Eles se cuidam o ano todo”, afirmou.

Apesar da preocupação, o atacante tenta seguir a nova rotina da forma natural.

“O Japão é um país muito limpo. Talvez por isso a situação não seja tão ruim como em outros lugares. Os japoneses já fazem essa prevenção normalmente”, elogiou.

Com mais um ano de contrato com o time japonês, Jô ainda não definiu o que fará no futuro.

“Eu sempre penso passo a passo. Eu tenho mais um ano de contrato e não chegamos a um acordo para renovarmos. Ainda não tenho nada definido porque penso muito no presente e vou cumprir meu contrato. Penso muito na minha família e jogar em um ligar onde possa ter uma vida estável e jogar bem”, garantiu.

Desde o começo de 2018 no Nagoya Grampus, Jô revela que vários colegas de equipe sonham em repetir Honda, que veio morar no Brasil e atuar pelo Botafogo.

“Vários japoneses do meu time falam que desejam jogar no Brasil. O Kazu [ex-Santos e Coritiba], que tem 52 anos e joga no Yokohama FC, da primeira divisão, sempre elogia o Brasil”, finalizou.