O Flamengo deu o primeiro passo na trilogia contra o Internacional ao vencer por 1 a 0 na partida de ida das oitavas de final da Libertadores. No entanto, a vitória não veio sem desafios. Após um primeiro tempo dominador, a equipe de Filipe Luís viu seu desempenho cair drasticamente na segunda etapa, levantando questões sobre a capacidade de adaptação do time.
A Resposta do Internacional
O Internacional, sob a batuta do técnico Roger Machado, fez ajustes táticos significativos que mudaram o rumo do jogo. O que parecia um domínio rubro-negro se transformou em um embate equilibrado, e a equipe colorada se preparou para os próximos confrontos, que incluem um duelo no Brasileirão no domingo (17) e a volta da Libertadores na quarta-feira (20). Roger Machado pode ter encontrado a fórmula para neutralizar o Flamengo, e Filipe Luís terá que se atentar a isso.
O Ajuste Tático que Mudou o Jogo
A mudança tática do Internacional foi sutil, mas eficaz. No primeiro tempo, a equipe se organizou em um 4-4-2, com Alan Patrick e Ricardo Mathias atuando à frente de duas linhas de quatro. No entanto, na segunda etapa, a formação se transformou em um 4-3-1-2, com um dos volantes avançando para pressionar a saída de bola do Flamengo. Bruno Pet, analista tático, destaca que "o bloco de marcação foi mais alto e muito mais pressionante", e essa alteração no posicionamento de Alan Rodrigues foi crucial.
Alan Rodrigues, que antes apoiava o lado direito da defesa, passou a marcar os volantes do Flamengo, dificultando a criação de jogadas. Eduardo Barthem explica: "Jorginho ficou mais marcado, e Allan também. Os espaços que vimos no primeiro tempo, que os volantes tinham liberdade para jogar, não aconteciam mais". Essa mudança fez com que o Flamengo perdesse a fluidez em seu jogo.
Flamengo sem Espaços: A Dificuldade na Posse de Bola
Com a nova abordagem do Internacional, o Flamengo se viu sem espaços para atuar. A posse de bola tornou-se mais difícil de sustentar, e as trocas de passes perderam a fluidez. "No segundo tempo, os atacantes recebiam quase sempre de costas, sem vantagem e pressionados", comenta Bruno Pet. O jogo, que antes era dominado pelo Flamengo, tornou-se picotado, refletindo a eficácia do ajuste tático do adversário.
Entretanto, é importante ressaltar que, apesar da melhora do Internacional, isso não significa que a equipe dominou completamente o segundo tempo. "Longe disso. O Inter só equilibrou mais o jogo", afirma Bruno Pet. A diferença entre os dois tempos foi de um domínio absoluto do Flamengo para um embate mais equilibrado, onde o Internacional conseguiu neutralizar as ações rubro-negras.
Conclusão: O Desafio de Filipe Luís
O desafio agora recai sobre Filipe Luís, que precisa observar e entender os ajustes feitos por Roger Machado. Com mais dois confrontos pela frente, a capacidade de adaptação e resposta do Flamengo será testada. O próximo encontro promete ser um verdadeiro duelo de estratégias, onde cada detalhe pode fazer a diferença na busca pela classificação.