Ingratidão ou justiça? Relembre atletas que processaram ex-clubes

A notícia de que Magrão abandonou o Sport e acionou o clube na Justiça, pedindo a rescisão de seu contrato, balançou as estruturas da Ilha do Retiro. Após quatro dias sumido dos treinamentos, o goleiro entrou com um processo contra o Leão, cobrando uma dívida de 1,2 milhões. Aos 42 anos, Alessandro Rosa tem 14 anos na meta pernambucana e é o maior vencedor da história do Rubro-negro. Veja outros jogadores que entraram na justiça contra clubes nos quais se destacaram:

Scarpa x Fluminense - A guerra entre Scarpa e Flu começou em 22 de dezembro de 2017, quando o jogador processou o Tricolor por R$ 9,282 em vencimentos, direitos de imagem e FGTS atrasados. Em janeiro de 2018 ele conseguiu a rescisão com o carioca, acertou com o Palmeiras, mas a situação voltou a emperrar. Foi só em outubro daquele ano que os clubes anunciaram um acordo que deu fim ao imbróglio.

Edmundo x Vasco - Desde 2003, o 'Animal' enfrenta uma briga judicial com o Cruz-maltino para receber R$ 2,6 milhões por conta de uma quebra de contrato do clube com o jogador. Naquele ano foi feito um acordo para que o valor fosse dividido em parcelas de R$ 200 mil, apesar de a dívida ser de R$ 14 milhões. Porém, o time de São Januário pagou apenas duas das 13 parcelas devidas.

Léo Moura x Flamengo - Com 519 jogos pelo Flamengo, mesmo recebendo um jogo de despedida quando deixou o clube, Léo Moura acionou o Rubro-Negro, em outubro de 2016, exigindo o pagamento de horas extras e adicionais noturnos. A dívida girava em torno de R$ 10 milhões. A notícia pegou muito mal na torcida Rubro-Negra, na época, e o jogador se manifestou através das redes sociais. Em nota, ele afirmou que não tem nada contra o time e o seu amor pelo Fla continuava gigantesco.

Donizete x Vasco - Campeão da Copa Libertadores de 1998 pelo Vasco, Donizete, o Pantera, acionou a Justiça para receber uma dívida que o Cruz-Maltino tinha com ele. Assim, em 2010, o Tribunal Regional do Trabalho ordenou o bloqueio e a penhora de todas as contas-correntes em nome do clube para o pagamento de cerca de R$ 750 mil ao jogador.

Zeca x Santos - Em outubro de 2017, o lateral entrou na justiça para pedir a rescisão com o Peixe alegando falta de pagamento de FGTS de 2014 e 2015. Após derrotas no tribunal, o jogador entrou em acordo com o clube praiano. O Santos ficou com com 50% de uma futura venda de Zeca, que seguiu para o Internacional.  Por sua vez, o Colorado cedeu 50% e os direitos federativos de Eduardo Sasha para a equipe paulista.

Dagoberto x São Paulo - Em maio de 2015, o atacante que conquistou o tricampeonato Brasileiro pelo Tricolor, resolveu ir aos tribunais contra o clube e pediu R$ 2,5 milhões de direito de arena - parte que os jogadores têm direito do valor pago pelas emissoras de TV aos clubes. A situação gerou chateação na torcida e diretoria do time.

Romário x Vasco - Por conta de salários atrasados, Romário entrou na justiça contra o Vasco da Gama, em 2004, e pediu R$ 22 milhões. Após muita conversa e negociação, em 2013, as duas partes entraram em acordo e fecharam o pagamento em R$ 18 milhões parcelados em 120 vezes.

Petkovic x Flamengo - O fato de ser um grande ídolo rubro-negro não evitou que o sérvio Petkovic movesse uma ação contra o Flamengo para receber uma dívida do Rubro-Negro com ele de R$ 10 milhões. Porém, em 2009, o meia fez um acordo com a diretoria flamenguista, parcelou o valor a que tinha direito, e retornou à Gávea. O resto é a história do título do Brasileiro daquele ano que o torcedor flamenguista conhece bem.

Ronaldinho x Atlético-MG - R10 chegou ao Atlético-MG na metade de 2012 e ficou no clube mineiro até julho de 2014. Foram pouco mais de dois anos, o suficiente para o clube ficar devendo mais de R$ 10 milhões para o atleta, referentes a prêmios, salários e bônus previstos em contrato. O jogador entrou com uma ação em agosto de 2016, e após idas e vindas em tribunais, as duas partes entraram em acordo em novembro de 2017. Os valores e parcelamentos, porém, permaneceram confidenciais.