Em 14 de setembro de 1921, há exatos 100 anos, nasceu Thomaz Soares da Silva, mais conhecido como Zizinho, que se destacou com as cores de Flamengo, São Paulo e Bangu. E com um diferencial: foi ídolo de Pelé.
O destaque de Zizinho no futebol começou em 1939, no Flamengo, onde foi tricampeão carioca em 1942, 1943 e 1944. O bom desempenho rendeu oportunidades na seleção brasileira. Após um período de lesões e altos e baixos, o meia foi um dos destaques no vice do Brasil na Copa do Mundo de 1950.
Mais tarde, deixou o Flamengo ao aceitar proposta do Bangu e fez 120 gols em sua passagem pelo novo clube. O destino seguinte foi o São Paulo, com direito ao título paulista de 1957 logo na chegada, batendo o Santos de Pelé.
Sobre o Rei, o jornalista João Máximo explicou como Zizinho influenciou no futebol de Pelé e de toda uma geração de jogadores.
"Pelé disse e Dondinho (pai de Pelé) também dizia o quanto a técnica do Zizinho foi importante para fazer com que o Rei começasse a batalhar para buscar também seus dribles, mostrar sua genialidade", disse ao Lance.
Após sair do time tricolor paulista, Zizinho ainda jogou por clubes como Uberaba e Audax Italiano (CHI), onde pendurou as chuteiras no início da década de 1960. O meia também se aventurou como técnico e comandou clubes como Vasco , America e Bangu.
Comando da seleção
A vivência levou Zizinho a um grande desafio em 1975: ficar à frente da seleção brasileira na disputa dos Jogos Pan-Americanos, realizados na Cidade do México. O Brasil dividiu o ouro com os mexicanos após a final ser interrompida por falta de energia elétrica.
Passado o Pan-Americano, Zizinho preparou a seleção para os Jogos Olímpicos de 1976, mas deixou o cargo depois de um atrito com dirigentes.
Ele ainda trabalhou como Fiscal da Fazenda do Rio de Janeiro e morreu aos 80 anos, em Niterói, em 8 de fevereiro de 2002, após uma parada cardíaca.
*Com informações da agência Lancepress
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