#Hexa10 anos: Conquista foi o último momento de brilho dos campeões brasileiros

Nada é mais curioso sobre a conquista do hexacampeonato, que hoje completa dez anos, do que constatar o quanto o sucesso da reunião daqueles jogadores de 2009 parecia improvável. Da forma como foram contratados à constatação de que a campanha naquele título brasileiro foi o último momento de brilho na carreira da grande maioria.

Sobre o goleiro Bruno, é até dispensável falar. Seis meses depois do título, já era alvo da investigação que terminou na sua prisão pela morte de Elisa Samúdio.

Seis meses também foi o tempo para que o zagueiro Álvaro fizesse mais do que rescindir seu contrato com o Flamengo : já com sérios problemas de alcoolismo, ele interrompeu a carreira.

Contratado como parte da renegociação de uma dívida, Petkovic fez gols icônicos. Mas quando o Flamengo caiu na Libertadores de 2010, ele estava no banco, vivia temporada irregular. Ele encerraria a carreira em 2011.

Isto sem falar em Adriano, astro do time. Nas últimas rodadas do Brasileiro, o atacante que comparecia às redes com regularidade e mantinha razoável forma já saía de cena. Dava lugar a sinais de uma recaída em sua sempre acidentada relação com a vida de atleta de elite. Em maio de 2010, desligou-se do clube e foi para a Roma onde, nove meses depois, rescindiu seu contrato. Sua chegada ao clube já dava a impressão de uma carreira distante do auge. Meses antes, rescindira com a Inter de Milão alegando que pensava em parar de jogar.

Tampouco há registros de novas passagens duradouras de Zé Roberto em alto nível, uma carreira que, pós-Flamengo, incluiu uma volta frustrada ao futebol alemão e curtos períodos em clubes brasileiros.

Nem Andrade, o técnico daquele time, foi visto pelo mercado como um treinador de elite: após sair do Falmengo, dirigiu Paysandu, Brasiliense, Boavista, São João da Barra, Jacobina, Petrolina...

Fonte: Extra