Há um ano, Flamengo voltava a jogar em meio à pandemia; diretoria, agora, se movimenta pelo retorno do público

O dia 18 de junho de 2020 marcou o retorno do futebol no Rio de Janeiro após uma pausa de quase 100 dias por conta da pandemia do coronavírus , que segue vitimando milhares de brasileiros por dia até hoje. No Maracanã, o Flamengo, com Jorge Jesus, venceu o Bangu, por 3 a 0, em ritmo de treino . De lá para cá, as mudanças no clube foram mais significativas no âmbito esportivo, com trocas de técnicos, mais títulos, saídas e chegadas de jogadores, do que do "lado de fora". Na época, a diretoria da Gávea se movimentou pelo retorno dos jogos e, atualmente, atua nos bastidores pelo retorno do público aos estádios.

Na luta pelo retorno dos jogos, o Flamengo contou com o apoio do Vasco , da Ferj , do então prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) . Por outro lado, Fluminense e Botafogo se posicionaram de maneira contrária à retomada do Carioca naquela ocasião.

Com o orçamento readequado para 2021, o Flamengo agora se posiciona a favor do retorno do público. A questão financeira é o principal peso , e os dirigentes, como o VP de futebol Marcos Braz e o VP de Relações Externas Luiz Eduardo Baptista, o Bap , falaram abertamente sobre o tema recentemente.

Apesar da atual diretoria, do presidente Rodolfo Landim, colocar-se como apolítica para defender os interesses do clube, uma série de eventos a aproxima com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), além da defesa pelo retorno dos jogos em junho de 2020, que motivou uma visita de Rodolfo Landim e Alexandre Campelo, presidente do Vasco, ao Planalto.

A MP DO MANDANTE

Um dos episódios foi em referência à Medida Provisória 984/2020, que passava os direitos de transmissão das partidas esportivas ao clube mandante do jogo.

O presidente do Flamengo, e outros dirigentes, foram à Brasília tratar do tema com Jair Bolsonaro . A MP do Mandante, como ficou conhecida, foi assinada pelo presidente da República em 18 de junho. A legislação vigorou por 120 dias. Na ocasião em que editou a MP, Jair Bolsonaro disse que o seu governo estava "democratizando o futebol" ao permitir que os clubes mandantes tenham a prerrogativa de negociar os direitos de transmissão doss jogos.

Como a MP não foi apreciada na Câmara. tampouco chegou ao Senado, voltou a vigorar o texto original da lei que diz que, para uma partida ser televisionada, o veículo de comunicação deve entrar em acordo com os dois times envolvidos.

O Flamengo, por meio de seu vice-presidente geral e jurídico, lamentou que a medida provisória não tenha sido votada no Congresso. Segundo Rodrigo Dunshee, uma "oportunidade histórica" foi perdida, mas o "filme não acabou".

NOVOS ENCONTROS E IDAS A TREINOS E JOGOS

Já no mês de fevereiro de 2020, no Palácio da Alvorada, o presidente do país recebeu a direção rubro-negra, além de Jorge Jesus , para debater a respeito de mudanças legislativas para o futebol brasileiro, como o tema "clube-empresa".

A proximidade resultou em presença de Jair Bolsonaro em vários jogos do Flamengo ao longo dos últimos anos. Seja em Brasília , quando o Rubro-Negro atua no Mané Garrincha , seja no Maracanã, casa do clube no Rio de Janeiro.

Já em janeiro desde ano, o presidente do Brasil foi a um treino do Flamengo em Brasília , quando o time de Rogério Ceni estava na capital por conta da partida contra o Palmeiras, no Mané Garrincha e foi recebido por atletas e dirigentes.

Nesta quinta, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", Rodolfo Landim e Jair Bolsonaro estiveram reunidos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em almoço organizado pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriotas) com a presença do senador Romário (PL) e empresários do setor de supermercados.

Everton Ribeiro - Flamengo x Bangu

Flamengo e Bangu, em junho de 2020, iniciou a era de jogos sem público no Rio (Foto: Alexandre Vidal / CRF)

Fonte: Lancenet
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