A fala do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello de que, se estivesse no comando do Flamengo , dificilmente teria acomtecido o incêndio que matou 10 meninos em alojamentos das categorias de base, não caiu bem no clube. Na última sexta-feira, o grupo ‘Vanguarda Rubro Negra’ entrou com pedido que pode resulta inclusive na expulsão do ex-mandatário do clube.
O Vanguarda Rubro Negra é um grupo formado por conselheiros capitaneada por Marcelo Braga, candidato nas últimas eleições. A carta foi enviada a Bernardo Amaral, presidente do Conselho de Administração.
Segundo a mensagem, a abertura de investigação é amparada pelo estatuto do clube. “A declaração absurda e longe da verdade traz consequências desastrosas à Instituição, principalmente no âmbito jurídico e econômico, pois o representado foi de encontro ao principal argumento da nossa defesa, ou seja, que o infausto acontecimento foi uma fatalidade de previsão impossível, esquecendo que ele era o presidente até 40 dias antes do ocorrido. Sendo assim, tal declaração catastrófica, veiculada em várias mídias, está tipificada no nosso Estatuto nos art. 24, XI e 49.”
No sábado, o vice de futebol Marcos Braz também criticou Bandeira de Mello, chamando o ex-presidente de ‘mau caráter e oportunista’.
Confira a carta completa do grupo Vanguarda Rubro Negra
O Grupo Vanguarda Rubro-Negra, bem como a Nação Rubro Negra, foi surpreendido pela insana, infeliz e irresponsavel declaração do ex-Presidente e Sócio Emérito Eduardo Bandeira Melo, cujo teor transcrevemos: “... Se eu fosse presidente tenho quase certeza que não teria acontecido o incêndio. Fiquei lá seis anos e não aconteceu nada..."
Tal declaração foi dada em relação à tragédia do Ninho do Urubu, maior cataclismo ocorrido em 124 anos de História do Clube de Regatas do Flamengo. Por esta razão, vem representar contra o ex-presidente Eduardo Bandeira de Melo, requerendo o acolhimento desta peça e as devidas providências administrativas que cabem a este E. Conselho.
O pronunciamento inconsequente de um ex presidente traz um prejuízo de grande repercussão negativa para o Clube de Regatas do Flamengo, em um momento de crise mundial, onde toda a sociedade está fragilizada por uma pandemia que vem ceifando vidas e que trará sequelas à economia mundial.
Justamente neste momento, tentando se eximir de responsabilidade, este senhor coloca a Instituição em risco ao afirmar que não foi uma fatalidade e sim uma falha de quem estava à frente do Clube, pois, se ele estivesse ainda como presidente não ocorreria tal tragédia.
Considerando o real interesse do representado; foi um arroubo de arrogância e uma tentativa vil para se aproveitar do cargo exercido recentemente no Clube de Regatas do Flamengo, objetivando usá-lo em sua campanha político-partidária.
A declaração absurda e longe da verdade traz consequências desastrosas à Instituição, principalmente no âmbito jurídico e econômico, pois o representado foi de encontro ao principal argumento da nossa defesa, ou seja, que o infausto acontecimento foi uma fatalidade de previsão impossível, esquecendo que ele era o presidente até 40 dias antes do ocorrido.
Sendo assim, tal declaração catastrófica, veiculada em várias mídias, está tipificada no nosso Estatuto nos art. 24, XI e 49. O Grupo Vanguarda Rubro-Negra requer, com fulcro nos artigos 59, 60 e 64, I, b, do Estatuto, a instauração de Comissão de Inquérito de originária competência deste E. Conselho de Administração.
VANGUARDA RUBRO-NEGRA