Governador do RJ estuda tema e diz que vê com “ceticismo e dificuldade” venda de naming rights do Maracanã

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que ainda não tem posição oficial do Estado sobre a venda dos naming rights do Maracanã . Em evento na Lagoa, de promoção dos três clubes do Rio de Janeiro que vão à Copa do Mundo de Clubes , Castro disse que não tem certeza do aval da negociação que a dupla Fla-Flu, concessionária por 20 anos do estádio, almeja com a venda comercial do nome do equipamento público.

Governador Cláudio Castro com os presidentes de Botafogo, Fluminense e Flamengo — Foto: Raphael Zarko

Flamengo e Fluminense dividem a gestão e autorizaram recentemente a equipe comercial do estádio ir ao mercado para sondar possíveis interessados em comprar os naming rights do Maracanã. O ge revelou que eles estimam em torno de R$ 40 milhões por ano para a negociação .

- Até agora não teve conversa alguma. Não obtive resposta, mas já pedi um estudo do edital (de licitação do Maracanã) para ver se isso é possível. Fiquei sabendo pela imprensa. Até agora os clubes não formalizaram. Eu vejo com um pouco de ceticismo e dificuldade pelo fato de o Maracanã ser todo tombado. Tem que ver na legislação. O Maracanã é a casa do futebol brasileiro. Não sei se a torcida se acostumaria a chamar de outro nome. Mas o diálogo está 100% aberto - afirmou Cláudio Castro, ao ge .

Entrada pela estátua do Bellini no Maracanã com o nome do jornalista Mário Filho: governador lembrou tombamento da fachada — Foto: Bernardo Eyng

Cláudio Castro foi perguntado também sobre possível contrapartida em caso de venda dos naming rights para o Governo, já que a venda não estava expressa no plano econômico do edital - embora a proposta do Vasco, então controlado pela 777 Partners, previsse a modalidade . O governador do Rio citou exemplo de outras concessões e afirmou que não é o interesse econômico que vai nortear a condução do caso pelo Estado.

- O Estado não visou lucro na concessão. É a valorização do esporte. Bem diferente do Mineirão, que foi visando o negócio. Bem diferente do Pacaembu. No Rio a gente valorizou o esporte. Não foi simplesmente quem apresentou a melhor proposta que levou. Tinha que ter a melhor proposta esportiva. É só ver como está o Mineirão, como está o Pacaembu e como está o Maracanã. Acho que foi uma decisão acertada - disse o governador.

Fonte: Globo Esporte
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