O Flamengo já está em Guyaquil, local da partida de terça-feira (22) contra o Barcelona, às 19h15, no Monumental, mas o massacre por 5 a 0 imposto pelo Independiente del Valle acompanha a delegação no Equador.
O dia seguinte ao massacre é marcado por caras amarradas e muitas conversas nos bastidores. Impactados pelo atropelo, jogadores, dirigentes e comissão técnica buscam explicações para justificar a pior derrota do clube na história da Libertadores .
O ambiente é de pura consternação e ambiente é de ressaca total. Com muitos integrantes da cúpula do clube presentes na viagem, incluindo o presidente Rodolfo Landim, os bastidores fervem e, como era de se esperar, o futuro do trabalho de Dome é tema das rodas de conversa.
A permanência no Equador dá algum fôlego para o espanhol, mas a goleada fez a temperatura subir de maneira anormal para os padrões recentes do clube.
Questionado se temia perder o cargo, o técnico saiu pela tangente e deixou a responsabilidade nas mãos dos dirigentes rubro-negros:
"Eu não sei. Estou concentrado em trabalhar, assim como os jogadores. Se você quer falar disso [demissão], tem de falar com outras pessoas, não comigo".
Para diminuir a fervura, o vice de futebol Marcos Braz convocou uma coletiva para amanhã (19). O dirigente entra mais uma vez em cena para apagar o fogo após um tropeço.
Dessa vez, no entanto, a diferença é que Torrent e seus auxiliares vivem uma pressão que atinge níveis alarmantes, embora não haja internamente a sensação de que haja um boicote ao trabalho.
Não foi detectado um problema de relacionamento e é corrente que o espanhol trabalha incansavelmente para superar a situação. A leitura mais comum é que simplesmente o casamento "não aconteceu".
A equipe sequer tem tempo para lamentar e já volta hoje aos treinos. Na parte da tarde, o time trabalha sob o comando do espanhol e precisa ressurgir das cinzas e mostrar sua força. Um novo tropeço dificilmente manterá as coisas como elas estão.
Imagem: Pool/Getty Images