Gerson valoriza faixa de capitão no Flamengo: "Mostra que minha liderança está no caminho certo"

Com a saída de Everton Ribeiro para o Bahia, o Flamengo perdeu o seu último capitão fixo da trinca formada por ele, Diego Ribas e Diego Alves desde 2019. Mas ao que tudo indica Tite já escolheu o herdeiro da braçadeira rubro-negra: Gerson.

Foi o volante que usou a faixa no braço nos dois primeiros jogos do time principal em 2024. Apesar disso, internamente não dá uma definição e a braçadeira pode parar em outros companheiros - assim como Tite fazia na seleção brasileira.

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, na pré-temporada do clube nos Estados Unidos, o meia de 26 anos valorizou e agradeceu a responsabilidade:

- Sou novo ainda, mas com o tempo já no profissional trabalhei com diversos jogadores consolidados. Para mim está sendo muito importante essa fase que estou começando a viver agora. Ser líder não é uma coisa fácil, mas que fui aprendendo um pouco mais, do meu jeito de ser. Agradeço à diretoria, ao professor e comissão pela oportunidade. Para mim também é um sonho jogar no clube do coração e usar a braçadeira de capitão. Mostra que minha liderança está no caminho certo.

- Mas não tem só eu como outros, ser um líder não é só usar a braçadeira. Virar líder no dia a dia, na forma que treina, na dedicação, cada dia vou melhorando mais nisso. Uma coisa que é nova, nos clubes que passei nunca usei, mas sempre fui um cara dedicado, com vontade de aprender, e isso foi cada vez me deixando mais maduro no futebol. E tendo oportunidade de ser um dos capitães do Flamengo fico feliz e grato - comemorou.

Veja outras respostas de Gerson:

- Eu estava em 2019, vivemos um ano mágico, diversos jogadores partiram. Eu também saí e voltei, estou tendo a oportunidade de mais uma vez jogar no Flamengo , meu time de coração. É um grupo diferente agora, onde temos três ou quatro de 2019. Mas tudo novo: novo comando, nova mentalidade, começamos já ano passado com o professor.

- Agora vai facilitando ainda mais com esse tempo de se conhecer ainda mais o trabalho do professor e nós como jogador e pessoa. Ele cuida bastante disso, não só dentro como fora também. Está sempre tentando ajudar, passando a experiência que tem. Vai unindo e qualificando o grupo. Estamos trabalhando forte para esse ano dar certo.

- Jogar no Flamengo é assim, quando joga em clube muito grande, do tamanho do Flamengo , são jogadores de nível altíssimo. Ninguém tem vaga decretada, tem que buscar sua vaga. O professor sempre diz, sendo leal e nos treinos se dedicando ao máximo. Chegaram o Nico (de la Cruz), o Viña, quem ganha com isso é o Flamengo para chegar a patamares maiores ainda e de lugares que não deve sair.

Gerson em ação no treino do Flamengo nos Estados Unidos — Foto: Marcelo Cortes / CRF

- A gente na verdade vê ele como espelho, o que ele falar a gente faz. Mas mais importante do que isso é que ele enxerga a gente não como robôs, enxerga o lado humano, sabe a responsabilidade nossa que é muito alta, de vestir a camisa do Flamengo . E além de passar tudo para a gente, não só ele mas toda a comissão, eles conversam fora disso dos gramados, no dia a dia. O professor costuma chamar um ou outro para falar, mexe naquele lado humano.

- Às vezes é difícil, é muita pressão, tem que ter caixa. Às vezes nossos familiares não têm dimensão do tamanho que é jogar no Flamengo . Quando vem de dentro assim te fortalece. Se eu estiver caído o professor ou um companheiro vai me levantar e carregar junto. Se não estou bem tecnicamente, um companheiro vai perceber isso e vai me carregar. Isso vai desenvolvendo coisas boas, o ambiente fica bom.

Você pode estar um pouco sentido por alguma crítica, aí você olha para o lado e vê o comandante falando: "Estou contigo, confio em você". É uma coisa que às vezes você sente falta, e com ele está tendo bastante"
— Gerson, meia do Flamengo.

- Vai ser muito difícil. Falando por ser torcedor, quando veste a camisa do Flamengo não tem essa de amistoso, é jogo valendo. Cobrança muito alta, não tem amistoso. Não vão ter os três pontos, mas vai ter muito mais porque é a confiança para a sequência da temporada, o time se consolidar.

- E cada vez ir se conhecendo mais, jogadores que chegaram agora. No meu modo de pensar, não existe amistoso. Partida em que as duas equipes querem a vitória. Claro, respeitando o adversário, jogando sério, tentando impor o nosso estilo de jogo.

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Fonte: Globo Esporte