Rio - A notícia da
suspensão de dois anos de Gabigol, do Flamengo, por fraudar um exame antidoping
, pegou o mundo do futebol de surpresa nesta segunda-feira (25). Na Europa, apesar do atacante não ter conseguido apresentar um bom futebol enquanto esteve por lá,
o caso repercutiu em alguns dos principais jornais.
Na Itália, onde Gabigol atuou na Inter de Milão,
o "Gazzetta dello Sport" tratou o caso do atleta como uma "trapaça"
: "Gabigol foi suspenso por dois anos por trapacear em exames antidoping", disse a publicação.
Já em Portugal, outro país onde Gabigol morou,
o jornal "A Bola" recordou a passagem do atacante pelo Benfica e também abordou a punição
: "O julgamento foi concluído nesta segunda-feira, com o ex-Benfica a ser considerado culpado pela Justiça Desportiva Antidopagem".
O "As", da Espanha, destacou em sua página que Gabigol só poderá voltar a jogar daqui um ano
, caso o recurso não seja aceito: "A pena começará a contar a partir do ano passado e terminará em 8 de abril de 2025".
Entenda o caso
Gabigol é
acusado de dificultar a realização de um exame antidoping surpresa no dia 8 de abril de 2023
, no Ninho do Urubu. Segundo os agentes,
ele se mostrou contrariado desde a chegada da equipe antidopagem ao local
, por volta de 8h40.
Os responsáveis pelo exame alegam que
Gabigol não se dirigiu a eles antes do treino do Flamengo e os ignorou também após a atividade
, indo direto almoçar. Eles também
afirmam que foram tratados com desrespeito pelo camisa 10, que se irritou em vários momentos.
À exceção de Gabigol, os outros atletas do Flamengo fizeram o exame antes do treino das 10h, o que é recomendável. Além disso,
o atacante cometeu outras irregularidades, como ter ido ao banheiro na hora do exame sem a presença de um dos fiscais, além de ter entregue o pote sem a tampa.
O ídolo do Flamengo foi enquadrado no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem
, que fala em "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle" e prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação.