Em meio às polêmicas extra-campo durantes seus últimos momentos com a camisa do Flamengo, o atacante Gabriel Barbosa não deixou passar o aniversário do clube rubro-negro em branco. Nas redes sociais, o jogador parabenizou o time da Gávea pelos 129 anos e usou o trecho do hino da equipe carioca no post.
— Parabéns ao maior do mundo! Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer — escreveu Gabigol nas redes sociais.
O post do ídolo rubro-negro veio no meio de um conflito interno com a diretoria. Após voltar a vencer o Atlético-MG, no último domingo, na Arena MRV, e conquistar a Copa do Brasil, Gabigol afirmou em entrevista que não iria seguir na equipe carioca, além de revelar sua chateação com a mudança de rota quanto sua renovação. Ele tem tudo acertado para defender o Cruzeiro a partir de 2025.
"Não fico no Flamengo, nesses últimos anos houve negociações, o presidente, a diretoria, apertou minha mão, do meu pai, da minha mãe, e depois aconteceram coisas que eu realmente não gostei. Sempre soube das coisas pelo podcast (refere-se a entrevistas de dirigentes em podcasts), nunca pessoalmente", disse o atacante.
As declarações da saída, que também envolveram críticas à diretoria e até Tite, não pegou bem entre os jogadores do rubro-negro. O "rompimento" das duas partes ficou mais uma vez evidente na noite do título. Gabigol não foi à festa organizada pelo clube e preferiu realizar uma comemoração à parte em casa. Ele convidou outros nomes do elenco para sua reunião privada, mas eles não compareceram.
Após toda polêmica que o rodeou no pós-título, o Vice Presidente de futebol do Flamengo Marcos Braz decidiu pelo afastamento do jogador para o duelo com o Atlético-MG, válido pelo Campeonato Brasileiro. Em nota oficial, o clube afirma que "a decisão visa manter a harmonia do elenco rubro-negro".
Pouco depois de ter o afastamento anunciado, Gabigol "contra-atacou" a diretoria do clube em suas redes sociais. Ele relatou que a decisão partiu apenas dos dirigentes e garantiu que assistirá à partida junto com os rubro-negros na Norte do Maracanã, setor popular onde ficam as organizadas, mas ele acompanhou o confronto do camarote.
O excesso de polêmicas marcam os momentos finais de uma das relações mais intensas da história do futebol brasileiro. Gabigol tenta terminar o ciclo pela porta da frente. Mas a falta de entendimento com diretoria, comissão técnica e elenco surge como uma "pulga atrás da orelha" do ídolo.