Gabigol lida bem com punição do Flamengo e ressurge nas mãos de Renato Gaúcho

Gabigol precisou de 180 minutos e três gols para diluir a bronca da torcida do Flamengo e do próprio clube, que viram com maus olhos o comportamento do atacante antes da Copa América. Em seu retorno desde o último jogo antes da confusão, no fim de maio, há quase dois meses, soube lidar bem com a punição - uma multa e uma suspensão - e foi abraçado pelo técnico Renato Gaúcho, que substituiu Rogério Ceni e deu a Gabi novo tratamento.

Segundo pessoas próximas ao jogador, Gabi viu a advertência que o tirou do jogo com a Chapecoense como uma punição ao próprio clube, mas atacou a decisão da diretoria do Flamengo. O mesmo fez Renato, que chegou com a decisão já tomada. Desde então, teve pouco tempo para trazer um dos principais líderes e influenciadores do grupo para perto.

Na péssima atuação do Flamengo no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, contra o Defensa y Justicia, na Argentina, Gabigol mal tocou na bola. Pelo Brasileiro, contra o Bahia, uma atuação individual e coletiva totalmente diferente. Muito próxima do que os jogadores se acostumaram na campanha de 2019 com Jorge Jesus. Renato disse que conversaria com os atletas assim que chegou para entender como ajustar o time, e isso ocorreu.

Com Gabi muito mais solto, e Michael e Isla com liberdade para atacar pelos lados, os espaços se abriram para as infiltrações de Arrascaeta e Éverton Ribeiro, que também cresceram. O modelo de jogo de maior intensidade e controle de bola também atingiu outro patamar com os retornos de Arão e Diego no meio. Mas foi Gabigol que voltou a ser o protagonista. Às vésperas do jogo de volta da Libertadores, amanhã, em Brasília. O camisa nove não marcava desde o dia 22 de maio, no clássico contra o Fluminense, pelo Estadual.

Fonte: Extra