Fracasso na negociação do Flamengo com a Atalanta por Wesley pode 'facilitar' venda de Fabrício Bruno; entenda

Apesar de serem negociações distintas, por jogadores diferentes e clubes que não tem nada a ver, o fracasso nas tratativas entre Flamengo e Atalanta pela venda do lateral-direito Wesley pode acabar facilitando a saída do zagueiro Fabrício Bruno para o Rennes, da França. O clube francês sinalizou com uma proposta de 14 milhões de euros (cerca de R$ 84,4 milhões).

Isto é porque, nos bastidores, apesar de ter aceitado a oferta pelas altas cifras propostas pela Atalanta, a diretoria do Flamengo não estava muito convencida em vender Wesley. Em boa fase desde a Copa América, o defensor vinha sendo titular com Tite e apresentou nítido amadurecimento nas tomadas de decisão dentro de campo. Há, assim, no rubro-negro, a expectativa de que o lateral pode chegar até a seleção brasileira, o que o valorizaria ainda mais. Recentemente as partes assinaram renovação de contrato até 2028.

Dessa maneira, internamente, havia a preferência de que se um atleta fosse ser vendido, que fosse o zagueiro Fabrício Bruno. Embora seja igualmente bem visto pela diretoria, há o entendimento de que a possibilidade de reposição do defensor de 28 anos seria mais fácil, pelos bons nomes para reposição já dentro do elenco rubro-negro, que possui Léo Pereira, David Luiz e Léo Ortiz.

Após a derrota por 4 a 1 para o Botafogo, no último domingo, o vice-presidente Marcos Braz subiu o tom em relação à possibilidade de vender o zagueiro.

— Independente do sonho dele, ele teve tempo pra ter o sonho dele, para ter ido embora para Inglaterra. Não quis. E agora a gente está esperando a segunda proposta. Se a proposta for boa para o Flamengo e a gente entender que tem que vender, vamos vender. O que importa agora é o sonho do torcedor, não o sonho de ninguém — falou Braz.

A fala do dirigente é um contraponto à declaração do próprio Fabrício Bruno, que, depois da vitória do Flamengo por 2 a 0 contra o Bolívar, deixou claro que atuar no futebol europeu era um sonho de carreira.

Fonte: O Globo