Flamengo x Bayern: batalha estratégica que começa no banco de reservas

E esta batalha estratégica que começa no banco de reservas dos times é o intangível ganho do torneio. Porque, desde que a Uefa criou a Liga das Nações e a Liga da Conferência da Europa em 2018, a chance de defrontar a escola brasileira com a europeia ficou praticamente restrita aos jogos da Copa do Mundo. Ou a amistosos contra seleções ou clubes da terceira prateleira dirigidas por técnicos europeus.

E é curioso constatar a presença de dois treinadores que, mesmo sem muito tempo na função, já se destacam mundo afora por suas ideias táticas. E ambos de 39 anos, com histórico de sucesso como jogador no futebol europeu. Filipe Luís, a gente sabe, assumiu o time profissional do Flamengo em 2024, dois anos após encerrar a carreira para começar no novo ofício dirigindo a categoria sub-17. Não tem um ano neste projeto.

Vincent Kompany tem um pouco mais de rodagem na função. O ex-zagueiro belga, revelado pelo Anderlecht, jogou por 11 anos no City (nove na era-pré Guardiola), mas o início como técnico foi no clube que o revelou, em 2020. Passou duas temporadas na Premier League, à frente do modesto Burnley, até chegar na maior força do futebol alemão. Caiu nas quartas da Champions, mas levou o título alemão.

Enfim, treinadores que pregam a tese do futebol intenso, ofensivo e controle do jogo pela posse. Tudo aquilo que o torcedor se habituou a ver em grandes times europeus e agora tem possibilidade de ver num confronto com fortes equipes brasileiras. Laboratório riquíssimo para sonharmos com dias melhores na Copa do Mundo de seleções do próximo ano, lá mesmo nos Estados Unidos.