Flamengo vence o Botafogo e se consagra heptacampeão do Carioca Feminino

Sob uma forte chuva no estádio da Gávea, na zona sul do Rio, o Flamengo bateu o Botafogo e recuperou o título de campeão carioca feminino, deixando para trás justamente o adversário pelo qual foi derrotado no ano passado. Por um placar de 2 a 1, as rubro-negras resistiram à pressão das adversárias e contaram com brilho de Darlene, que marcou o primeiro e deu o passe para o segundo gol do time da casa — de pênalti, Kélen descontou para as Gloriosas. Agora, o Flamengo chegou ao sétimo título estadual: venceu as edições de 2015 a 2019, além de 2021 e 2023.

Após a partida, a camisa 7 falou sobre a emoção do título e revelou que antes de entrar em campo, já sentia que seria ela a decidir o título.

— Estou muito feliz, a gente se preparou para isso e estava confiante. Na hora que chegamos ao vestiário, tivemos uma reunião para olhar para cada uma para levantar esse título.. O jogo não foi fácil, mérito délas também que tem uma grande equipe, mas nós somos Flamengo — brincou Darlene, durante a entrevista para a FlaTV. — Estava me sentindo muito confiante antes do jogo, até falei que iria fazer um gol e dar uma assistência, e Deus me consagrou. A gente sabe o quanto foi difícil chegar até aqui, e agora é só alegria.

Em três meses de trabalho à frente do rubro-negro, o treinador Maurício Salgado chegou ao seu primeiro título, de maneira especial: vencendo o Botafogo, adversário que derrotou o rubro-negro para ficar com o título no ano passado. Depois de receber um banho de gelo na comemoração das jogadoras, ele comentou sobre o desejo de recolocar a equipe na elite nacional.

— A gente sabe que estava engasgado para elas, a maioria estava aqui na outra final, e estamos satisfeitos com o resultado. O Flamengo é uma equipe que tem bastante ambição, e queremos ser protagonistas nacionais. Para ser protagonista nacional, precisamos ser protagonista estadual e do título aqui. É o primeiro de muitos, é o que a gente espera — afirmou o técnico.

O jogo

Desde o início da partida, a chuva atrapalhou os planos das duas equipes e forçou um jogo mais lento. Nos primeiros minutos, o Botafogo demonstrou mais vontade de chegar ao gol, principalmente com as iniciativas da artilheira Kélen, mas o gramado encharcado impedia as ações. Com a bola rolando pouco e frequentemente parando nos bolsões d'água, a primeira etapa foi marcada por um duelo físico, vencido pelo Botafogo.

Com uma marcação individual bem posicionada e aguerrida, as Gloriosas impediam o desenvolvimento das jogadas do Flamengo. Não demorou até que surgisse o primeiro cartão amarelo: a zagueira e capitã Driely foi punida por entrada dura em Thaisa. As melhores chances do Flamengo foram pelo alto: de cabeça, Daiane ganhou na subida das adversárias e finalizou bem, mas Yasmin estava bem nos dois lances para segurar.

Se, trabalhando a bola pelo chão, o Flamengo não conseguia levar perigo, a equipe treinada por Maurício Salgado conseguiu encontrar soluções para chegar com perigo no final da primeira etapa. Pelo alto, Daiane teve boas chances de cabeça, mas a goleira Yasmin estava atenta e segurou com confiança. Aos 41, a meia Darlene viu a goleira alvinegra adiantada e chutou, pouco depois da linha de meio-campo, e mandou uma bomba, sem chance para a goleira.

O gol deu confiança para as rubro-negras, que aproveitaram o bom momento e ampliaram a vantagem. E de novo com protagonismo de Darlene, que roubou a bola ainda no campo de defesa e lançou para Cris correr no campo de defesa. Driely, que já tinha cartão amarelo, acompanhou na corrida, mas não conseguiu evitar o chute rasteiro que tirou a bola de Yasmin e fez a rede balançar pela segunda vez.

Mas a vantagem do Flamengo não demorou a diminuir. Na primeira jogada do segundo tempo, Gisseli derrubou Drika na área, aos 15 segundos, e a arbitra marcou pênalti. Kélen confirmou a artilharia do campeonato ao bater bem e garantir o primeiro do Botafogo na partida, seu 13º no campeonato.

O Botafogo chegou perto do gol de empate com chute de Maiara, após bela jogada de Kélen pela direita, mas a atacante errou a pontaria e a bola passou pelo lado do gol de Bárbara. Na reta final, Glaucio Carvalho utilizou todas as seis substituições para tentar igualar a partida e provocar uma decisão nos pênaltis, mas não foi suficiente. As Glorioosas até pressionaram mais, mas encontraram dificuldades para trabalhar a bola e recorreram às bolas longas e cruzamentos, que foram bloqueadas tanto pela zaga rubro-negra quanto pela goleira Bárbara.

A emoção durou até o final: aos 49, Kélen encaixou belo chute de fora da área, mas Bárbara pulou bem no ângulo esquerdo para decidir. No rebote, ela mandou para fora e as Gloriosas continuaram tentando até os 52 minutos chegar ao empate, mas o dia foi de comemoração para o Flamengo, em casa.

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Fonte: Extra